“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Diferença de FGTS opõe Caixa e advogados no RN

As advogadas Viviana Menna e Andréia Munemassa estão, há mais de 20 dias, debruçadas sobre o assunto Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Não por acaso. Depois de análise econômica e contábil, elas dizem ter concluído que, como em outros estados, no Rio Grande do Norte houve ‘‘falha’’ na aplicação de juros, correção e atualizações referentes ao FGTS de trabalhadores que tiveram a carteira assinada entre os anos de 1973 e 1988. O ‘‘erro’’, dependendo de algumas variáveis, poderia render ganhos de até R$ 10 mil aos prejudicados, tem provocado filas em escritórios de advocacia da capital e levado uma série de interessados no dinheiro extra a procurar a Caixa Econômica Federal - que administra os recursos do FGTS - em busca de informações. No centro da história, a Caixa reagiu e disse que tal correção não passa de ‘‘boato’’.

‘‘Fizemos uma análise aprofundada do que foi aplicado de juros, correção e atualização dos valores de depósito nesse período e percebemos que houve sim falha nessa atualização’’, assegura Viviana, que advoga há mais de 10 anos em Natal, especializada nas áreas de direito previdenciário, trabalhista e do consumidor. Ela diz que a ocorrência de ações relacionadas a esse período em outros estados chamou a atenção dela e de Andréia, sua sócia, e as levou a estudar o caso.

Pelo que concluíram, a correção poderia beneficiar trabalhadores que tiveram a carteira assinada entre 1973 e 1988. Ela não soube informar o total de possíveis beneficiados e o volume a que teriam direito. Frisou, com base em cálculo por amostragem, no entanto, que os ganhos poderiam chegar a R$ 10 mil, dependendo de duas variáveis: o tempo trabalhado e o salário recebido no período. ‘‘O perfil de quem pode receber é incerto, mas inclui gente que ainda está na ativa, trabalhando, e pessoas que já se aposentaram mas contribuíram com o FGTS em algum momento naquele período’’, reforça ainda a advogada, que já tem em mãos 500 ações de interessados e prevê que o volume aumente nos próximos dias.

O prazo para recorrer à correção, segundo Viviana, se encerra em 25 de junho.

Para tentar receber o volume devidamente corrigido o trabalhador precisa entrar com uma ação na justiça federal. O caminho aparentemente é simples: procurar um advogado que atue na área de direito trabalhista, levando consigo cópia de documentos (carteira de trabalho, em que apareçam a foto e a qualificação civil - dados pessoais no verso da página da fotografia - do RG e do CPF), além de cópias de comprovante de residência e do ou dos contratos de trabalho referentes ao período. Nesse tipo de ação, o advogado cobra normalmente 20% do valor que a pessoa receber ao final do processo, no caso de a ação ser bem sucedida. Não se paga nada de imediato, diz a especialista.

Ela não estimou quanto tempo deve durar o processo, nem quando o trabalhador poderia ser ressarcido, mas antecipa que a conclusão do caso deve ser demorada. ‘‘Nossa tese vai ser encaminhada à justiça, deve haver contestação da parte da Caixa e só depois que o juiz examinar a documentação e as teses vai julgar o caso. A quantidade de ações vai gerar para a justiça um acúmulo de trabalho que deve provocar a demora da decisão’’, explicou ainda.

Fonte: Diário de Natal

Caixa já financiou R$ 57 milhões em imóveis no RN

O montante de créditos imobiliários oferecidos no Rio Grande do Norte de janeiro a maio deste ano já ultrapassou R$ 57,5 milhões. No período, foram firmados 1.314 contratos com um crescimento de 109,42% na comparação de maio a janeiro. Os números são dos financiamentos realizados pela Caixa Econômica Federal através da modalidade de carta de crédito e representam, em nível local, um cenário que se repete em âmbito nacional. Em apenas cinco meses, o volume liberado para empréstimos imobiliários neste ano em todo o país já é 4,3% maior que 2007, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Em janeiro deste ano, foram realizados 191 contratos de financiamentos, representando um volume de crédito acima dos R$ 8,3 milhões. Os valores aumentam gradativamente ao longo dos meses, segundo os dados apresentados pela Caixa. O número salta para 400 contratos em maio, com mais de R$ 16 milhões financiados. Ou seja, a quantidade de cartas de crédito quase dobrou. O crescimento no volume de empréstimos foi de 92,76% no período. Ao todo, a soma dos cinco meses já chega a R$ 57.556.286,21, uma diferença de R$ 3,3 milhões a mais que o mesmo período de 2007. O incremento foi de 6,19% na comparação entre os cinco primeiros meses dos dois anos.

A assessoria de imprensa da Caixa reconhece o crescimento no número e no volume de financiamentos que estão sendo realizados pelo banco. De acordo com o setor, os acréscimos têm sido impulsionados por fatores como a gradativa redução da taxa de juros, aumento do prazo e desburocratização dos processos de crédito imobiliário. Os números nacionais da Abecip mostram um avanço histórico que não era observado desde novembro de 2007: o volume liberado de crédito atingiu R$ 2,27 bilhões em maio deste ano.

Diário de Natal