Levantamento preliminar feito pela polícia constatou que Antônio Hilário Ferreira, o Rabicó, chefe do tráfico do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, construiu patrimônio de R$ 400 mil na cidade de Mamanguape, na Paraíba, onde foi preso quinta-feira. Segundo policiais da 6ª DP (Cidade Nova), o dinheiro está investido em duas casas de luxo, dois carros e um terreno, que abriga a empresa de reciclagem de material do bandido. As propriedades era usadas para confirmar o status de empresário que o criminoso gostava de ostentar no Nordeste. “Rabicó chegou a Mamanguape há oito meses e começou a fazer extravagâncias. Tudo que via comprava e pagava à vista. Queria mostrar que era um homem rico, poderoso. Mas nada estava em seu nome. Os moradores começaram a desconfiar dele”, afirmou o delegado Ângelo Lages, que trouxe ontem, junto com mais dois policiais, o bandido para o Rio, onde ficará preso em Bangu. Segundo a polícia, o traficante comprou uma luxuosa residência — com quatro quartos, piscina e churrasqueira — no bairro do Campo para morar com a mulher e as duas filhas e uma confortável casa de praia na Baía da Traição para passar os fins de semana. Os outros bens de Rabicó são Vectra, Doblò e o terreno onde montou a empresa. Foi quando saía da casa no Campo que Rabicó foi preso. Ele mostrou-se surpreso, mas estava desarmado e não reagiu. Para Lages, afirmou que estava largando o crime. A equipe da 6ª DP chegou a Mamanguape há uma semana. “Já estava desistindo quando demos a sorte de pegá-lo saindo de casa”, contou o delegado, que investiga agora seis pessoas que teriam ajudado o traficante a fugir para Mamanguape e se estabelecer no local. Para a polícia, mesmo no Nordeste, Rabicó continuou controlando o tráfico no Salgueiro e a cobrança de ‘pedágios’ de veículos do transporte clandestino. O bandido é acusado ainda de ter ordenado, em janeiro, o incêndio de ônibus e de fornecer armas e drogas para os morros da Mineira, Fallet e Turano.
Fonte: O Dia
Fonte: O Dia