Começo de ano positivo para exportações do Rio Grande do Norte. Pelo menos é o que revelam os números das exportações referentes ao mês de janeiro, trazendo otimismo para as empresas que contam, em sua carteira de clientes, com compradores internacionais. Em janeiro deste ano já foram contabilizados 43,8 milhões de dólares em exportações, um aumento de 13,1% em relação a janeiro de 2007, quando foram registrados 38,7 milhões de dólares em vendas para o exterior. De acordo com informações da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico (Sedec), o início do ano trouxe indicadores positivos para os produtores de frutas (melão, castanha de caju, melancia, mamão, banana e manga), pescado (camarão, lagosta e peixes), a indústria têxtil (cobertores, camisetas, tecidos e roupas de cama), mel, cera de carnaúba e minério de ferro: todos tiveram um incremento em vendas, comparados a janeiro de 2007. Para o secretário-adjunto da Sedec, José Rufino Júnior, “a política adotada pelo Governo do Estado para apoiar os eventos internacionais e nacionais, através da promoção comercial, aliada à promoção de políticas de incentivos financeiros através de programas como o Proadi e Progás têm contribuído sensivelmente, não somente para a produção, mas também para as exportações estaduais. Acreditamos que com os investimentos previstos na Agenda do Crescimento os resultados dos próximos anos sejam ainda mais positivos”, garante José Rufino Júnior. O melão continua dominando a pauta externa do Rio Grande do Norte, com 12,4 milhões de dólares, um aumento de 20,4% em relação ao mesmo período anterior, ainda conseqüência de uma safra 2007/08 que configura-se com uma das melhores, quando contabilizada em dólares, mesmo se, em reais – visto a queda do dólar – não se possa comemorar tão bons resultados para os produtores potiguares. O minério de ferro ocupa, em janeiro, o segundo lugar no ranking da pauta exportadora estadual, com um volume de vendas da ordem de 5,9 milhões de dólares. Esse resultado atende a demanda crescente de importações da China (para efeito de registro pelas autoridades aduaneiras, as exportações foram registradas para Hong Kong, hoje território chinês). Em terceiro lugar está a castanha de caju, com 4,8 milhões de dólares. O produto obteve um incremento de 53,6% em relação ao ano anterior. As demais frutas, todas apresentaram desempenho positivo até o momento, com destaque para a melancia (+ 30,7%) e para a banana (+ 26,5%). A grata surpresa deste janeiro ficou por conta do camarão, em queda acentuada já há alguns anos, parece, agora, ter estabilizado seu ritmo de produção destinada ao mercado internacional, com vendas de 2,5 milhões de dólares, registrando um inédito crescimento de 4%, repetindo praticamente o mesmo índice, se comparado a janeiro de 2006. A ausência de exportações de sal e de açúcar nestes primeiros trinta dias do ano indica uma forte queda que, na verdade, deve-se equilibrar nos próximos meses, quando haverá registro de novos embarques para o exterior. O mel e a cera de carnaúba, em alta no ano que passou, abrem 2008 com sinais promissores de crescimento em exportações, com 10,1% e 127,5%, respectivamente, a maior, confrontados ao mesmo janeiro de 2007. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Sedec, Otomar Lopes Cardoso Júnior, a expectativa para 2008, se confirmada a tendência inicial, bastante promissora, promete um novo recorde nas exportações do Rio Grande do Norte. “O dólar continua sendo a principal dificuldade citada pelos exportadores para expansão da participação de nossos produtos no mercado internacional; mas, apesar do pessimismo em relação ao câmbio, empresários norte-riograndenses estiveram, com o apoio do Governo do Estado, participando recentemente da Fruit Logistic, a maior feira mundial de frutas, na prospecção de novos mercados compradores”, disse Otomar Cardoso.
Fonte: Assecom/RN