“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


sábado, 11 de julho de 2009

MP diz que 'nome sujo' não pode barrar contratação de empregado

O Ministério Público do Trabalho considera discriminação a prática de empresas que consultam serviços de proteção ao crédito antes de decidir sobre a contratação de futuros empregados, segundo informou a procuradora Valdirene Silva de Assis, vice-coordenadora nacional de combate à discriminação do órgão.

"O empregador não pode interferir na esfera privada no empregado. Quando faz isso e contrata em razão de eventual certidão que seja apresentada, temos uma questão de discriminação. É uma situação irregular, em que a honra é afetada e dá direito a indenização por danos morais", avalia Valdirene.

Não há regra expressa na Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre a contratação de funcionários que tenham o chamado "nome sujo". Somente para os bancários há previsão legal de demissão por justa causa em caso de inadimplência.

O promotor e supervisor de vendas Alfredo Francisco Lopes, de 42 anos, está há um mês desempregado e acha que não consegue emprego por causa da inadimplência.

"Um amigo que é subgerente de uma empresa viu meu currículo, achou minha qualificação boa, mas disse que o fato de eu estar devendo pode me prejudicar."

O promotor diz que entrega em média 20 currículos por dia em supermercados, estabelecimentos comerciais e para representantes comerciais no Rio de Janeiro.
"O departamento de recursos humanos costuma puxar o CPF e aí vê que está endividado", diz. Ele conta que a empresa onde seu cunhado trabalha não quis empregá-lo porque constatou que ele estava "com o nome sujo".

"As empresas poderiam contratar a pessoa endividada e dar um período para ela limpar o nome", sugere. “Sem conseguir emprego, como fazer para pagar?”, questiona. Lopes disse que ficou inadimplente após emprestar dinheiro a um terceiro.

A situação narrada ao G1 por Alfredo Francisco Lopes é comum, de acordo com a procuradora do MPT, Valdirene Silva de Assis. Atualmente, segundo ela, há diversos casos sendo investigados no país.



Êxito da ação

Ela afirmou que, para uma ação protocolada na Justiça do Trabalho ter êxito, é preciso que o empregado junte o maior número possível de provas. "Não precisa de prova para ingressar com a ação, mas precisa para ganhar", afirmou a procuradora.

Valdirene disse ainda que testemunhas ou uma ligação, mesmo que não gravada, pode servir como prova. "Se alguém da empresa tiver dito isso por telefone, pode-se pedir que quebre o sigilo telefônico."

A procuradora atua no MPT do Amazonas e disse que recentemente denunciou uma empresa que fazia verificação da situação de crédito dos candidatos. "A empresa mudou atuação, assumiu o compromisso de que não faria mais. Assinou um termo de ajuste de conduta."

O trabalhador que se sentir vítima de discriminação em razão da verificação dos dados cadastrais deve buscar a procuradoria regional do trabalho de seu estado. O ideal é que sejam apresentadas provas. Mesmo se não houver, segundo Valdirene de Assis, os procuradores investigam as denúncias.

A Serasa informou que, no contrato com as empresas parceiras, há cláusula que proíbe a verificação dos cidadãos para finalidades que não sejam as da relação de consumo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a Serasa já cancelou contratos ao verificar que os dados foram usados em processos seletivos das empresas.

Quem souber que uma empresa cometeu o ato, pode procurar a Serasa e denunciar.


Fonte: G1

Planejamento autoriza total de 1.328 vagas para Funasa e Ministério da Saúde

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) divulgou, nesta sexta-feira (10/7), a autorização para que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realize processo seletivo simplificado para contratação temporária e para que o Ministério da Saúde promova concurso público para a Carreira de Previdência, Saúde e Trabalho (CPST) e para o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE). Confira:

Funasa:
O novo processo seletivo foi autorização para complementar outra seleção autorizada em maio de 2008. São previstas 52 vagas destinadas à contratação temporária de técnicos de nível superior. As oportunidades são para os cargos para os quais não houve candidato aprovado em 2008.

De acordo com a Portaria nº 189, publicada na página 60 da primeira seção do Diário Oficial da União, o processo seletivo deverá ser realizado por meio de prova escrita a partir deste mês.

Ministério da Saúde:
São previstas 1.276 oportunidades para a Carreira de Previdência, Saúde e Trabalho (CPST) e para o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), de níveis médio e superior.

As chances são para as funções de arquiteto, analista técnico-administrativo, administrador, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, engenheiro, estatístico, farmacêutico, fonoaudiólogo, médico, psicólogo, químico, sanitarista, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social, técnico em contabilidade e terapeuta ocupacional.

A realização do concurso visa à extinção de 1.336 postos de trabalho terceirizados, que ferem a legislação vigente.

A autorização foi publicada na Portaria nº 185, na página 60 da primeira seção do Diário Oficial da União. A divulgação do edital de abertura deverá acontecer no prazo de seis meses após a publicação da medida que autoriza o concurso.

Do Correioweb

Multa à Petrobras derruba potiguar Lina Vieira da Receita Federal

O ministro Guido Mantega decidiu demitir a secretária da Receita Federal, a potiguar Lina Vieira, e já comunicou isso a ela, numa conversa esta semana, informa Jorge Bastos Moreno, na coluna ''Nhenhenhém'' deste sábado, informa o jornal o Globo. Mantega teria ficado muito irritado desde que o jornal carioca revelou, em maio, que a Receita multara a Petrobras, devido a uma manobra contábil para pagar menos impostos e contribuições, processo que acabou acelerando as articulações para a criação da CPI da Petrobras .

"Além de, como superior hierárquico, não ter sido informado de que a Receita aplicara punição milionária à maior empresa do país, Mantega ainda ficou em situação desconfortável por ser membro do Conselho de Administração da Petrobras", cita o site do O Globo.

Após a Petrobras montar uma operação de guerra para defender o artifício contábil usado em 2008, que rendeu à estatal mais de R$ 4 bilhões em compensações fiscais, a Receita Federal e o Ministério da Fazenda contestaram a estratégia da estatal de mudar o regime de recolhimento de impostos no meio do ano.

O novo secretário da Receita vai ser escolhido pelo secretário-executivo do ministério, Nelson Machado, que já vem comandando informalmente a Receita. Lina Vieira, a primeira mulher a comandar a Receita, ficou apenas onze meses no cargo. Sua passagem também foi marcada por forte queda de arrecadação.

Fonte: O Globo