Com duas frentes de trabalho na temporada de 2008 e objetivos distintos, o técnico Dunga decidiu aproveitar o primeiro amistoso da Seleção Brasileira para fazer um mistão, juntando a experiência dos atletas que disputam as Eliminatórias pela equipe principal com a juventude de alguns meninos que irão tentar a conquista da inédita medalha de ouro para o futebol nos Jogos Olímpico de Pequim, em agosto. Como o time canarinho só voltará a atuar na Eliminatórias em Junho, os amistosos servirão para manter o bom entrosamento do elenco. A Irlanda está longe de atemorizar o Brasil e as várias caras novas fizeram desembarcar no país uma legião de desconhecidos para o público local. Do atual time, os torcedores irlandeses só conhecem Robinho e Ronaldinho. Kaká também é muito conhecido, mas por motivo de contusão foi cortado. O grande número de jogadores brasileiros que se transferiram para a Premier League inglesa nesta temporada ajudou os jogadores a se tornarem mais conhecidos também na Irlanda. Os britânicos tradicionalmente pouco acompanham as ligas de outros países, enquanto os irlandeses, por causa do grande número de jogadores locais na Inglaterra, também só tem olhos para a bola rolando na ilha vizinha. Por isso, depois das mega-estrelas, o mais conhecido da equipe de Dunga é o meio-campista Gilberto Silva, há quase seis anos no Arsenal. Nomes como Anderson e Alex também são citados. Gilberto Silva ainda é o mais conhecido e também procurado para entrevistas, por ser um dos poucos que fala inglês com fluência. Mas Anderson e Lucas atuam pelos times ingleses mais populares na Irlanda, o Manchester United e o Liverpool. Ainda assim, eles dividem a preferência com o Celtic, da Escócia, clube fundado por padres católicos irlandeses. O fanatismo pelos clubes britânicos é tão grande que estima-se que em torno de 15 mil irlandeses viajem todo o fim de semana para assistir jogos de futebol na Inglaterra e na Escócia. O amistoso entre Irlanda e Brasil será realizado hoje, às 16h45 (hora no RN), no estádio Croke Park, em Dublin. A TV Globo transmite o jogo ao vivo. Para seu primeiro jogo do ano, o acordo foi a escolha da Irlanda, time que há quatro meses está sem técnico, não tem qualquer planejamento tático e nem sequer consegue organizar os treinamentos. A Irlanda ficou sem o técnico Steve Staunton em outubro depois de ser demitido ao não conseguir classificar o time para Eurocopa de 2008. Por enquanto, o comando do time está com um assistente de técnico do Leeds United, Gary McAllister. Mais de 30 nomes já foram indicados pela federação local para ocupar o posto. Mas vários se recusaram, transformando o caso em motivo de piada nacional.
Árabes detêm os direitos de transmissão
Os contratos de exclusividade dos jogos da seleção brasileira nos próximos três anos estão nas mãos de investidores sauditas, donos da rede de TV de Riad ART, uma das maiores do Oriente Médio. A CBF fechou no ano passado um contrato para US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões) por jogo disputado pela seleção. Os investidores se farão presentes no Estádio em Dublin, acompanharão o primeiro jogo da seleção no ano contra um time sem técnico. As fontes, porém, garantem que os sauditas irão ‘discretos’. O acordo prevê que todos os direitos de imagem e todos os lucros dos jogos da seleção vão para os investidores. Em contra partida, a CBF recebe os mais de US$ 1,5 milhão e exige toda a organização dos jogos, como a busca por um adversário, um estádio, hotel, local de treinamento e toda a infra-estrutura. A CBF garante que tem o poder de vetar a escolha do adversário. A ART é hoje uma das redes de maior audiência no Oriente Médio e conta com acordos de exclusividade com outros esportistas. A seleção brasileira, porém, é um de seus grandes trunfos financeiros. Um jogo do Brasil na Europa é audiência garantida.
Árabes detêm os direitos de transmissão
Os contratos de exclusividade dos jogos da seleção brasileira nos próximos três anos estão nas mãos de investidores sauditas, donos da rede de TV de Riad ART, uma das maiores do Oriente Médio. A CBF fechou no ano passado um contrato para US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões) por jogo disputado pela seleção. Os investidores se farão presentes no Estádio em Dublin, acompanharão o primeiro jogo da seleção no ano contra um time sem técnico. As fontes, porém, garantem que os sauditas irão ‘discretos’. O acordo prevê que todos os direitos de imagem e todos os lucros dos jogos da seleção vão para os investidores. Em contra partida, a CBF recebe os mais de US$ 1,5 milhão e exige toda a organização dos jogos, como a busca por um adversário, um estádio, hotel, local de treinamento e toda a infra-estrutura. A CBF garante que tem o poder de vetar a escolha do adversário. A ART é hoje uma das redes de maior audiência no Oriente Médio e conta com acordos de exclusividade com outros esportistas. A seleção brasileira, porém, é um de seus grandes trunfos financeiros. Um jogo do Brasil na Europa é audiência garantida.