“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Edição extra do D.O.U. traz sanção da LDO para 2009

A Imprensa Nacional distribuiu hoje edição extra do Diário Oficial da União (D.O.U.), com data da última sexta-feira (dia 15), com a sanção da lei que trata das diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2009, que mantém a meta de superávit primário do setor público em 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2011 e projeta um crescimento do PIB em 5% ao ano também até 2011.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou 16 pontos. Entre eles, o dispositivo que determinava que cada Poder fizesse, no próximo ano, uma redução de 10% de suas despesas com publicidade, diária, passagem e locomoção de funcionários, em relação aos gastos feitos em 2008.

Em mensagem enviada ao Senado, o presidente justificou que essa redução das despesas "não leva em consideração a necessidade de atendimento de ações finalísticas, especialmente as de fiscalização, vigilância sanitária e epidemiológica, defesa civil e policiamento". A edição extra do Diário Oficial tem 277 páginas.

Fonte: G1

Projeto na CCJ do Senado prevê até 12 anos de prisão a pena por morte no trânsito

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve votar nesta quarta-feira (20) um projeto de lei que aumenta para até doze anos de prisão a pena para motoristas responsáveis por acidentes de trânsito que resultem em mortes, nas hipóteses em que estejam embriagados ou participando de rachas.

O projeto de lei do Senado nº 613, de 2007, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), altera o Código de Trânsito Brasileiro, que tipifica como culposo (quando não há intenção de matar) mortes provocadas no trânsito e prevê penas de um a três anos de prisão, para considerar esse tipo de morte como crime doloso (quando há intenção de matar), com penas que vão de quatro a doze anos de prisão.

O projeto prevê, ainda, o imediato comunicado de morte no trânsito a um juiz, para que ele determine a cassação da carteira de motorista e a prisão do culpado. Se aprovado na CCJ do Senado, onde tramita em caráter terminativo, o projeto segue para deliberação da Câmara dos Deputados.

O presidente do Instituto de Segurança no Trânsito, José Augusto Ferreira de Camargo, concorda com os objetivos do projeto de lei. Segundo ele, somente se forem aumentadas as penas para motoristas, que provocam acidentes com mortes, isso poderá reduzir o número de mortes no trânsito. Para ele, as campanhas educativas são necessárias, mas não têm o resultado esperado no curto prazo.

“Nós, que fazemos as campanhas educativas e projetos [de educação no trânsito], vemos que elas [as campanhas] não estão sendo suficientes a curto prazo. Creio que uma lei mais rigorosa vai reduzir bastante o risco de acidentes graves e mortes, principalmente [ocasionados] por motoristas embriagados”, afirmou Camargo, em entrevista à Rádio Nacional. Camargo acredita que os bons resultados da Lei Seca, vão servir de exemplo para os senadores.

“Só de o motorista ter consciência de que a punição será mais severa, ele terá mais cuidado, como já está ocorrendo desde a aplicação da Lei Seca”, argumentou Camargo. Dados do Ministério da Justiça indicam que o número de acidentes e de mortes causadas pelo trânsito caiu entre 30% e 40%, com o início da Lei Seca, em vigor desde meados de junho.

O presidente do Instituto de Segurança no Trânsito acredita que o país terá um trânsito mais seguro quando os motoristas mudarem velhos hábitos, como beber e depois dirigir. “Essa mudança de hábito também passa pelo uso do cinto de segurança, da cadeira para as crianças e as empresas colocarem air bag em todos os carros”, exemplificou. “São equipamentos de segurança que precisam ser bem utilizados”, concluiu Camargo.

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Municípios do RN mais 8 estados podem voltar a ser distritos

Vinte e oito municípios brasileiros, com prefeitura e orçamento próprios e que terão eleição em outubro, podem voltar a ser distritos em maio do ano que vem se o Congresso Nacional não votar uma lei que regulamenta a criação de cidades.

Isso porque os municípios foram criados por lei estadual após 12 de setembro de 1996, quando foi expedida a Emenda Constitucional 15. Essa emenda definiu que os estados só podem criar municípios baseados em uma lei complementar federal, que ainda não foi votada pelo Congresso Nacional, 12 anos depois da publicação da emenda.

Os dados sobre quantos municípios foram criados após setembro de 1996 foram repassados ao G1 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As 28 cidades sob risco estão distribuídas em nove estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte (Jundiá) e Rio Grande do Sul.

Juntos, os municípios têm 350 mil habitantes e Produto Interno Bruto (PIB) que soma R$ 3,15 bilhões. Para fins de comparação, a capital de Rondônia, Porto Velho, tem 370 mil habitantes e PIB de R$ 3,65 bilhões.

Em maio do ano passado, ao analisar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3682, protocolada pela Assembléia do Mato Grosso, que pedia que a emenda 15 fosse declarada inconstitucional por "omissão do Congresso", o Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo de 18 meses, que termina em novembro deste ano. Ou seja, restariam três meses para que o Congresso regulamente a lei.

Na prática, porém, o prazo foi estendido por mais seis meses. Isso porque ao decidir que duas cidades criadas após a emenda - Luís Eduardo Magalhães (BA) e Santo Antônio do Leste (MT) - são inconstitucionais por falta de regulamentação da lei, o tribunal concedeu 24 meses, até maio do ano que vem, para elas conseguirem regularizar a situação. Pelo entendimento do Supremo, vencido o prazo, os municípios voltam a ser distritos.

Além dos dois já considerados insconstitucionais, a criação de outros nove municípios foi questionada pelo mesmo motivo em ações que tramitam no Supremo.

No entanto, segundo a assessoria de imprensa do tribunal, como as decisões do Supremo são vinculantes, a inconstitucionalidade atribuída às duas cidades será replicada para todos os municípios na mesma condição caso não haja regulamentação da emenda 15.

Legislativo

No Congresso Nacional, há pelo menos três projetos que tratam do tema: duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs), 13/2003 e 495/2006, que alteram o texto vigente, e uma lei que regulamenta a emenda, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 98/02. Essa lei já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, mas ainda precisa passar pelos plenários do Senado e da Câmara.

A PEC 13 está pronta para ser votada na CCJ do Senado. Para discutir a PEC 495 a Câmara criou, em junho, a Comissão Especial de Criação de Novos Municípios. A comissão, no entanto, ainda não foi instalada - está na fase de indicação dos integrantes.

O principal entrave para que os projetos sobre o tema sejam votados é a falta de consenso sobre os critérios para a criação de municípios.

Alguns defendem que maior rigor, para acabar com a "farra" da criação de municípios. Entre 1988, segundo o IBGE, data em que a Constituição deu liberdade para os Estados decidirem sobre os municípios, e setembro de 1996, quando foi criada a nova regra, surgiram 1.264 cidades no Brasil.

O senador Eduardo Azeredo, relator da PEC 13/2003, afirmou que há discordâncias no Senado entre os que defendem o PLS 98/02 e aqueles que apóiam a PEC 13. "Estamos de acordo para evitar os abusos do passado. Mas a discordância começa nos requisitos mínimos."

A regulamentação já aprovada condiciona a criação a uma população igual ou superior a 5 mil habitantes para municípios na Região Norte; a 10 mil habitantes nas regiões Centro-Oeste e Nordeste; e a 15 mil habitantes nas regiões Sul e Sudeste.

O relatório de Azeredo defende que a população mínima deve ser de 5 mil no Norte, 6 mil no Centro-Oeste e Nordeste e 7 mil no Sul e no Sudeste. Ele considera altos os números da PLS 98/02. "A estatística dos municípios brasileiros mostra que mais da metade tem menos de 15 mil habitantes."

Outra discordância é sobre a realização de plebiscito no local a ser emancipado, previsto em lei. O projeto que regulamenta a emenda prevê que seja feito em todo o município e a PEC 13 somente na área a ser emancipada.

"Acho que vai ser possível entrarmos num entendimento no Senado. Na Câmara pode ser mais difícil", afirmou Azeredo. Para ele, o Congresso vai entrar em consenso antes do prazo determinado pelo Supremo.

Pressão

O Presidente da União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), o deputado estadual do Tocantins César Halum (DEM), afirmou que os presidentes da Câmara e do Senado já se comprometeram a "agilizar" a votação da regulamentação da lei para que os 28 municípios não sejam extintos.

"A preocupação era que o Supremo voltasse a legislar por conta da omissão do Congresso. (...) Se a lei complementar da CCJ não fosse aprovada, o STF ia voltar com a lei anterior, os municípios voltariam a ser distritos e seria um desastre. Sei que não foi aprovada ainda [a regulamentação], mas foi um grande passo", afirmou Halum, que afirmou acreditar que o Congresso vai apreciar o tema no prazo.

"Depois que sair do Senado, volta para Câmara. Já tivemos audiências [com os presidentes das Casas] e eles se comprometeram a dar urgência (...) Não trabalho com a hipótese de que a regulamentação não seja aprovada a tempo."

Segundo Halum, o interesse das Assembléias é de que seja votada e aprovada a PEC 13 para que os estados tenham autonomia e decidam sobre a criação. "A gente não podia deixar criar município igual fazer festa, mas é preciso que as regras sejam compatíveis com a realidade regional."

Fonte: G1

STF deve barrar nepotismo em cargos públicos

O Supremo Tribunal Federal (STF) quer atacar uma prática que resulta em recorrentes escândalos envolvendo os Três Poderes: o nepotismo. Na quarta-feira, os ministros deverão dizer que a Constituição proíbe a contratação de parentes de funcionários em cargos de chefia, direção ou assessoramento para o serviço público. O Congresso não precisaria nem sequer, adiantam alguns ministros, aprovar uma emenda constitucional ou uma lei específica sobre o assunto, porque a vedação já estaria prevista na Constituição.

Como o tema teve reconhecida a repercussão geral - foi considerado relevante juridicamente -, os ministros poderão editar uma súmula vinculante para definir que o nepotismo é uma prática já vedada pela Constituição. O julgamento desse caso - uma ação declaratória de constitucionalidade - começou em fevereiro de 2006, quando os ministros mantiveram, em caráter liminar, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que impedia a contratação no Judiciário de parentes de juízes e de servidores com cargos de direção.

Naquela sessão, eles já indicaram que não seria necessária uma norma específica, votada pelo Congresso, para barrar o nepotismo. A contratação de parentes, disseram os ministros, ofende os princípios constitucionais da impessoalidade, da eficiência da administração pública e da igualdade. Agora, julgarão o mérito da questão. De acordo com ministros, bastaria uma decisão administrativa do órgão público para impedir a contratação para seus quadros de um parente de determinada autoridade.

Nesse julgamento, apenas o ministro Marco Aurélio Mello foi contrário à concessão da liminar. Dos atuais ministros, não estavam no tribunal à época Carlos Alberto Menezes Direito, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Com essa provável decisão, os ministros do Supremo se antecipam, novamente, ao Congresso. Desde 1996 tramitam na Câmara e no Senado várias propostas de emenda à Constituição para acabar com o nepotismo, nenhuma próxima de ser aprovada.

Fonte: Estadão

Criança de 11 anos é morta e queimada em Serra de São Bento

Uma criança de 11 anos identificada por Rosilene da Silva Gomes foi morta e queimada no sítio Calabouças, munícipio de Serra São Bento, a 109 Km de Natal, na divisa com o estado da Paraíba. O corpo da menina, que era natural de Araruna, na Paraíba, foi encontrado em uma estrada carrocável, e além de queimado estava com uma perfuração na cabeça. O Instituto Técnico e Científico de Polícia - Itep - trouxe o corpo para Natal para fazer exames. O suspeito de praticar o crime é um tio da vítima, que está preso em Araruna.

De acordo com um agente da delegacia de Serra de São Bento, a polícia foi acionada por volta das 9h do domingo, através de uma denúncia. Quando chegou ao local, deparou-se com o corpo da menina queimado e com um perfuração na cabeça, que começava no rosto e saía na nuca. Segundo as informações colhidas pela delegacia, a criança estava desaparecida deste sábado da cidade de Araruna.

O suspeito de praticar o crime é um tio da vítima, que não teve o nome revelado. Ele está detido para averiguações em Araruna e na manhã desta segunda será trazido para Serra de São Bento. A suspeita é de que ele tenha trazido a menina da Paraíba para Natal de moto na tarde do sábado. O corpo foi levado para o Itep para exames. O objetivo é saber se antes de morrer, a menina sofreu abuso sexual, uma vez que ela estava sem calcinhas, próximo a um lajeiro, e também o que teria provocado o ferimento na cabeça. O caso será investigado pela delegacia de Serra de São bento, através do delegado Reginaldo Soares.

DN Online

Inscritos devem receber confirmação do Enem até hoje

Os candidatos que se inscreveram para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2008 deverão receber o cartão de confirmação da inscrição até esta segunda-feira (18) pelos Correios. O cartão contém a hora, data e local de prova do inscrito, além do número de inscrição e a senha de acesso aos resultados individuais.

Os candidatos também receberão a folha de leitura óptica para as respostas do questionário socioeconômico e o manual do inscrito do Enem 2008 será enviado para o endereço indicado nas respectivas fichas de inscrição.

Caso o inscrito não receba o seu cartão de confirmação de inscrição até essa segunda-feira, ele deverá adotar um dos seguintes procedimentos:

Os egressos deverão se dirigir à agência dos Correios onde foi realizada a sua inscrição para consultar o seu local de realização das provas;
Os concluintes do ensino médio deverão consultar o seu local de prova na escola onde está matriculado: escola pública ou privada;
Ainda é possível entrar em contato com o Programa Fala Brasil, pelo telefone 0800-616161;
Também é possível acessar a página do Enem na internet.

No caso de o cartão de confirmação não especificar corretamente o tipo de atendimento especial solicitado na ficha de inscrição, o inscrito deverá entrar em contato imediatamente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para as providências necessárias até terça-feira (19).

Não será permitida a mudança do local de prova, exceto quando constatado erro na transcrição das informações fornecidas pelo candidato em sua ficha de inscrição. Os eventuais erros de identificação de nome, endereço, número do documento de identificação, CPF, sexo, data de nascimento ou outros, deverão ser corrigidos em campo específico constante no verso do cartão de confirmação, que o inscrito receberá juntamente com o manual.

A prova do Enem

A prova será aplicada no dia 31 de agosto, às 13h, em cerca de 1.400 municípios. O exame é voluntário e é aplicado aos alunos que estão terminando o ensino médio em 2008 e para aqueles que já terminaram.

O exame terá 63 questões objetivas de múltipla escolha, que abrangerão várias áreas de conhecimento, além de uma proposta para a redação. O estudante terá cinco horas para a realização da prova. Aqueles que fizeram a prova em anos anteriores, caso tenham interesse, poderão se inscrever novamente no Enem 2008.

A nota do Enem é usada no processo seletivo de diversas universidade do país e também é um dos critérios para conseguir uma bolsa de estudos do Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo federal. Mais informações podem ser obtidas no site do Enem.

Fonte: G1