“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


domingo, 1 de março de 2009

Bancos de Mossoró terão que instalar banheiros e bebedouros públicos

Todos os bancos de Mossoró, com exceção da Caixa Econômica Federal, têm um prazo de 30 dias para cumprir uma liminar da justiça deferida pelo juiz Herval Sampaio Júnior, que determina a instalação de sanitários e bebedouros nas agências. A Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) é a autora da ação civil pública que solicita melhores condições de atendimento aos usuários dos serviços bancários, em especial pessoas que enfrentam problemas de saúde.

Segundo o advogado contratado pela Acim, Marcos Araújo, a decisão favorável representa uma vitória do consumidor, que paga caro ao setor bancário pelos serviços, mas não usufrui sequer de banheiros. "É um avanço, uma vitória que reafirma o direito do consumidor de contar com mais conforto e mais dignidade dentro das agências. Os bancos têm responsabilidades dentro da sociedade e não podem visar só o lucro, se negando, por exemplo, a ofertar água e banheiros em nome da mera redução de custos quando eles batem recordes de lucros", disse o advogado.

A ação foi impetrada no dia 20 de fevereiro deste ano, e pedia à Justiça uma determinação para que os bancos passassem a disponibilizar sanitários, bebedouros e vagas para estacionar os carros da clientela, o juiz decidiu baseado no princípio da dignidade da pessoa humana que os bancos devem oferecer banheiros e água para consumo, tendo em vista que o atendimento quase sempre é demorado e alguns clientes ficam prejudicados, entre eles, segundo a visão do advogado Marcos Araújo, as pessoas com doenças hepáticas e renais. "Esses clientes precisam usar o banheiro e tomar água com uma frequência maior, em virtude da própria doença e hoje são os que mais sofrem devido à falta de atenção e compromisso dos bancos".

O juiz Herval Sampaio Júnior ressalta que embora a ação pedisse o pagamento de multa de até dez mil reais, em caso de descumprimento da decisão judicial, o valor estipulado é de cinco mil reais ao dia e que havendo o cumprimento da decisão, os bancos podem se livrar das multas. Para tanto, foi dado um prazo de trinta dias para que os bancos ofereçam bebedouros e banheiro. O juiz não deferiu o pedido relacionado ao estacionamento. "Não deferi nada quanto a estacionamento, porque é uma questão mais ampla que envolve além dos bancos, todo um sistema de trânsito, de organização de espaço público", afirmou.

A decisão judicial tem caráter de liminar, ou seja, pode ser alterada. O juiz deverá ainda ouvir os bancos, aos quais, cabe o direito de recorrer da decisão. Os desrespeitos aos usuários do sistema bancário já estão, há anos, na mira do Ministério Público e das entidades e organizações que congregam os empresários da cidade, estes, reclamam que o atendimento é precário, que há o descumprimento de uma lei municipal definidora de um tempo máximo para que o cliente fique na fila e que ainda faltam funcionários nos caixas, vagas para estacionamento, bebedouros e banheiros nos prédios.

Para quem desperdiça horas enfrentando filas imensas em agências bancárias, a liminar da justiça é bem-vinda, conforme relata a professora Margarida Soares. "Eu sou totalmente de acordo porque é um absurdo esperar tanto tempo em uma fila para ser atendida. Eu já fiquei até quatro horas esperando", relembra. O tempo nas filas não foi o alvo da ação da Acim, pois, de acordo com Marcos Araújo, já existe uma ação específica para esse fim, cuja autoria é do Ministério Público.

Pela lei municipal, o tempo máximo de espera é de trinta minutos, mas os usuários chegam a ficar até quatro horas nos dias de maior movimento dentro das agências, em pé. Na agência central do Banco do Brasil que tem economia mista, os idosos são obrigados a aguardar o atendimento preferencial em pé, uma vez que, não há cadeiras, e o caixa preferencial não absorve a grande procura nos dias de pagamento das aposentadorias e benefícios.

De acordo com o presidente da Acim, Nilson Brasil, Mossoró merece um melhor tratamento, citando que a cidade é a segunda mais importante do estado e a que congrega a maior quantidade de agências no interior (12) atraindo pessoas de diversos municípios.

Fonte: Gazeta do Oeste

Baixa aprovação em concursos faz sobrar vagas de juiz no país

Uma das principais causas para a morosidade da Justiça é o fato de que muitas vagas para juiz são abertas no país, mas não são preenchidas porque os candidatos não conseguem passar nos concursos públicos.

A explicação para isso, na avaliação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), é a baixa qualificação dos bacharéis em direito.

Levantamento realizado pelo CNJ aponta alguns concursos que não tiveram o número de vagas disponível preenchido. No ano passado, segundo o CNJ, o Tribunal de Justiça de São Paulo ofereceu 183 vagas, das quais apenas 76 foram ocupadas. Estavam inscritos 7.625 candidatos.

Em Santa Catarina, segundo o conselho, o TJ ofereceu 18 vagas de juiz substituto e apenas 12 foram preenchidas.

Em Mato Grosso do Sul, concurso realizado em 2008 ofereceu 22 vagas mas, do total de 1.416 inscritos, foram aprovados 21 candidatos, três dos quais "sub judice". No Rio de Janeiro, no último concurso para o cargo, se inscreveram 2.019 candidatos para 50 vagas, mas somente três passaram.

No Distrito Federal, dos 2.108 candidatos que se inscreveram no concurso de setembro de 2007, apenas 16 foram aprovados.

Além de a carência de juízes estar relacionada ao não-preenchimento das vagas nos concursos, o Brasil precisaria de mais magistrados porque o Judiciário não consegue acompanhar a avalanche de processos na Justiça.

Segundo Rui Stoco, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após a Constituição de 1988, houve um aumento do conceito de cidadania, a ampliação dos juizados especiais e o crescimento do número de ações judiciais.

“O Estado de São Paulo precisaria de pelo menos mais 100 desembargadores e pelo menos 600 magistrados. Um para cada município”, diz.

Dados divulgados pelo CNJ apontam que em 2007 o país tinha a média de seis juízes para cada 100 mil habitantes na Justiça estadual. Para o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, isso mostra que há um déficit no número de juízes no país.

Provas e salários

O salário dos juízes é um dos mais altos da carreira pública, cerca de R$ 20 mil. As provas para ingresso na magistratura são compostas de provas objetivas (conhecimentos gerais), discursivas (conhecimentos específicos), oral e de títulos.

Para concorrer, os candidatos devem ter idade mínima de 21 anos, registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e três anos de atividade jurídica.

Carência educacional

Na opinião do conselheiro Rui Stoco, a falta de aprovação dos candidatos se deve, em grande parte, à carência educacional. “Nossos bacharéis não saem prontos e preparados da faculdade e têm dificuldade de aprovação”.

Além disso, o conselheiro afirma que “os tribunais estão cada vez mais exigentes”.

Mesma opinião tem o vice-presidente da AMB, Cláudio Dell'orto.

"Há um afastamento do programa dos cursos de direito com a necessidade prática dos tribunais. Os cursos de direito têm enfoque muito teórico e os tribunais procuram pessoas com formação mais prática nos problemas da sociedade. Isso leva à reprovação dos candidatos nos concursos".

Ele destaca ainda que os concursos são elaborados sem levar em conta os programas da faculdade. "Para entrar em concurso, ele [o candidato] tem de buscar cursos preparatórios."

Pouca experiência

Outro ponto destacado pelo vice-presidente da AMB é a exigência de experiência profissional, requisito que, segundo ele, muitas vezes não é atendido pela maioria dos candidatos.

"Muitas pessoas atraídas têm pouca experiência profissional. O advogado com 10, 15 anos de experiência, não tem interesse, porque tem remuneração maior na advocacia.”

A AMB defende, de acordo com Dell'orto, que a seleção de juízes seja feita por meio das escolas de magistratura dos TJS e dos tribunais superiores - STJ e STF.

Provas dissertativas

Segundo Ronald Sharp, professor de Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro e da Fundação Getúlio Vargas, geralmente as reprovações ocorrem nas provas dissertativas.

“Muitas vezes o candidato está preparado, tem um bom raciocínio jurídico, mas as provas dissertativas exigem pontos específicos que ele não sabe e acaba sendo reprovado”.

O professor diz que em dois anos o candidato está em condições de fazer o concurso – desde que estude duas horas por dia.

Ele aconselha o candidato a começar a fazer curso preparatório para concurso só depois de terminar a universidade. E acha válido que preste outros concursos na área jurídica e não apenas para juiz, como para os cargos de advogado da União, procurador ou analista judiciário, para ganhar experiência.

Fonte: G1

Clima em dia de eleição Patu é tranquilo, diz TRE

A Eleição suplementar de Patu, município do Oeste potiguar a 341 quilômetros de Natal, é a primeira realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) em 2009, com base nas eleições municipais de 5 de outubro de 2008.

Ás 8h, a Corte Eleitoral, sob a presidência do desembargador Expedito Ferreira de Souza, abriu os trabalhos da sessão permanente do Tribunal Regional Eleitoral, para acompanhamento desta eleição. A sessão será encerrada às 17h, quando termina a votação.

Informações da coordenadora da Assessoria de Comunicação Social do TRE/RN, Taís Cruz, que está em Patu, indicam que o clima na cidade é tranquilo. A juíza Gisela Besch, titular da 37a Zona Eleitoral, preside o pleito. Ela visitou os locais de votação, logo no início da manhã de hoje (01).

Estão aptos a votar 7.844 eleitores em 26 seções distribuídas em três locais de votação.

De acordo com a Secretaria de Tecnologia de Informação do TRE/RN, a apuração deve ser concluída até às 18h. Segundo o secretário Mozart Medeiros, uma eleição deste tipo, com apena uma tela e dois candidatos para escolher, não leva mais do que 20 segundos, entre a entrada do eleitor para entregar seu título ao mesário e concluir o ato de digitar seu voto.

Cento e vinte pessoas estão trabalhando em Patu para a Justiça Eleitoral, entre mesários, supervisores de locais de votação, servidores da 37a Zona Eleitoral e da Sede do Tribunal.

Dois candidatos disputam neste domingo, a eleição suplementar para o cargo de prefeito de Patu, cidade do Alto Oeste do Rio Grande do Norte. Alexandrino Suassuna Barreto Filho (PMDB) encabeça a coligação “União e Trabalho” (PMDB,PDT,PP,PMN,PC do B, PPS) e Evilásia Gildênia de Oliveira (PSB) é a candidata da coligação “Justiça e Paz” (PSB-PV-PT-DEM e PR).

Fonte: TRE/RN

Aposta do Rio leva prêmio de R$ 14 milhões da Mega-Sena

Um bilhete feito na cidade do Rio de Janeiro acertou sozinho as seis dezenas do concurso 1.052 da Mega-Sena e vai receber um prêmio de R$ 14.557.865,34, de acordo com a Caixa Econômica Federal.

Os números sorteados no sábado (28) foram 08 - 11 - 15 - 16 - 52 - 57. O sorteio aconteceu na cidade de São João da Barra (RJ).

Outros 77 apostadores acertaram cinco números e vão receber, cada um, R$ 20.599,07. Outras 5.743 apostas acertaram quatro números e terão direito a R$ 276,18.

Para o próximo sorteio, na quarta-feira (4), a estimativa da Caixa Econômica Federal é de prêmio em torno de R$ 1,5 milhão.

Fonte: Folha Online