“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Brasil lidera gastos com Previdência no mundo

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) coloca o Brasil no topo da lista de países com maior gasto previdenciário no mundo, ao lado de Áustria, Polônia, Suíça e Uruguai, países com população mais envelhecida, informa reportagem da Folha desta terça (conteúdo exclusivo para assinantes do UOL e do jornal).
Segundo a reportagem, o Ipea considerou novos fatores, como idade mínima para aposentadoria, alíquotas de contribuição, percentual de idosos em relação à população em idade ativa e a proporção de contribuintes na força de trabalho.
Já pelo tradicional "gasto como proporção do PIB" --conceito mais usual e também considerado no estudo--, os gastos com Previdência do Brasil correspondem a 11,7% do PIB e colocam o país como o 14º com mais gastos previdenciários no mundo, atrás de países como Itália (17,6%), Ucrânia (15,4%) e Uruguai (15%).
Idosos com mais de 65 anos correspondem a 9,1% da força de trabalho do país
De acordo com o estudo do Ipea, o total de idosos com mais de 65 anos no Brasil corresponde a 9,1% da força de trabalho do país (pessoas entre 15 anos e 65 anos). Na Áustria, a proporção chega a 24,2%, e no Uruguai, a 21,2% --ou seja, são países mais "envelhecidos", onde a Previdência tende, naturalmente, a ter despesas mais altas.
O pesquisador do Ipea Marcelo Caetano afirma que "se um país tem muitos idosos, é aceitável que tenha uma despesa maior, mas não é o caso do Brasil".
O estudo do Ipea contabilizou como gasto previdenciário as aposentadorias (inclusive as rurais), pensões e auxílios-doença.
Em entrevista à Folha, o o ministro Luiz Marinho, responsável pela pasta, defendeu uma reforma cujo ponto principal é o aumento do tempo mínimo de contribuição em, ao menos, cinco anos -atualmente, o período é de 30 anos para mulheres e 35 para homens.

Arrecadação

O pagamento de benefícios previdenciários superou as receitas em R$ 2,56 bilhões no mês de novembro. Esse déficit representa uma queda de 5,4% em relação ao mês anterior e de 15,4% sobre o mesmo mês do ano passado.
As receitas totalizaram R$ 11,763 bilhões --uma elevação de 7,8% na comparação com novembro de 2006. Desse total, R$ 595,2 milhões são referentes à recuperação de crédito. Já as despesas somaram no mês passado R$ 14,324 bilhões, com alta de 2,8% sobre o mesmo mês do ano passado.
Ao todo, 22,056 milhões de pessoas receberam os benefícios previdenciários e acidentários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Se contados os benefícios assistenciais, o número de benefícios sobe para 25,144 milhões.

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