Infectologista não descarta surto no RN

Para o infectologista Luiz Alberto Marinho, o Rio Grande do Norte, assim como grande parte do Brasil, pode sofrer com um surto de febre amarela. Ele é enfático ao afirmar que o risco é real, desde que o Aedes Aegypti passou a povoar as cidades brasileiras. ‘‘Uma vez que o mosquito é o mesmo que transmite a dengue, basta que alguém infectado venha para Natal e seja picado pelo mosquito para que a transmissão ocorra. Mas convivemos com isso há mais de 10 anos’’, disse o médico. Luiz Alberto explicou que as doenças são causadas por vírus diferentes e, apesar de os sintomas serem parecidos. ‘‘Enquanto a dengue tem de 1% a 2% de casos graves, isso ocorre entre 15% a 20% dos pacientes com febre amarela. O que significa que um surto de febre amarela é infinitamente mais preocupante do que um de dengue’’, destacou Marinho. No mês de dezembro de 2007 e primeiras semanas de 2008 houve um aumento das notificações e rumores de mortes de macacos em 57 municípios de Goiás. No mesmo período, foram registradas mortes de macacos em diversas localidades do Distrito Federal e em seis municípios de Minas Gerais. No Rio Grande do Norte, em 2007, a morte de saguis em Tibau do Sul e no Parque das Dunas levantou a suspeita de que poderia se tratar de febre amarela, mas exames laboratoriais descartaram a possibilidade da causa ter sido a doença.

Fonte: dnonline