Para muitos currais-novenses, dezembro e janeiro significam meses de muito stress ao invés da tranqüilidade característica das férias. Quem não pôde se ausentar da cidade está tendo de conviver com um calor causticante e uma verdadeira praga de muriçocas. Em algumas residências as nuvens dos mosquitos infernais mais parece saída de um filme de terror, dada sua grandiosidade. Durante o dia, a quantidade de mosquitos da dengue picando os mais desprevenidos também aumentou significativamente a partir do final de novembro. Com o cair da tarde, o pesadelo começa para a maioria das famílias se estendendo por noites quentes e mal-dormidas devido acompanhadas duma trilha sonora composta exclusivamente de um barulhinho agudo de mosquitos rondando cabeças.
Desde o final de novembro, a família da vendedora Rosicléa da Silva Pacheco, 29 anos, vive uma rotina bem esgastante. Moradores da Vila Circular, no Centro da cidade, todas às tardes, eles dão início ao mesmo ritual. “Pontualmente às 16h30, meu pai pega a bomba de flit e espalha veneno, primeiro no quintal da casa, depois na frente da casa e por último dentro. Todos nós saímos de casa e ficamos do lado de fora por cerca de uma hora esperando o cheiro forte do veneno passar”, conta a vendedora. O pai dela, um eletricista de 61 anos, usa um veneno forte, específico para pulverização. “Se for pra comprar aqueles vendidos no supermercado, só dá para um dia. Aí não tem dinheiro que baste”, justifica o pai de família.
Contudo, o ritual dos finais de tarde não é praticado apenas pela família Pacheco. Em Currais Novos, ao menos todos os moradores da Vila Circular fazem a mesma coisa. “O bom é que fica todo mundo conversando no meio da rua enquanto o veneno faz efeito nas casas trancadas”, comentou Maria da Paz, outra moradora do local, que fica próximo a currais e no limite de um rio urbano.
Passada cerca de uma hora, a família Pacheco volta para dentro de sua residência, onde assiste à novela de portas trancadas para evitar que as muriçocas invadam a casa. “O ruim é que o calor aumenta ainda mais com as portas todas trancadas e, mesmo assim não tem jeito, lá pelas 22 horas já tem entrado muriçocas aos montes”, reclama Rosicléa.
A vendedora conta que a praga de muriçocas tem influenciado até seu namoro. “Tive que comprar um ventilador e agora só dá para ficar parado no sofá se for com o ventilador voltado para gente e ligado na maior potencia”, diz ela. Além do ventilador, na casa de Rose também foram comprados vários mata mosca, que usados nas muriçocas, não param de trabalhar enquanto a família assiste as novelas.
O velhos mosqueteiros também foram retomados e todos na casa voltaram a utilizá- los nas camas. “O incrível é que, mesmo sem o mosqueteiro estar furado, entram várias muriçocas. Minha sobrinha de oito anos acorda em várias noites reclamando que não consegue dormir”, ressalta Rosicléa.
O problema de alguns é oportunidade de outros. O supermercadista Manoel Filho comemora o fato de as vendas de produtos de combate a muriçocas terem triplicado. No final do ano nossos estoques não foram suficientes, dos elétricos aos do tipo “Sentinela”, vendeu tudo. Nas lojas de eletroeletrônicos a venda de aparelhos ventiladores também disparou assim como de ar condicionados só que em menor proporção.
Prefeitura investe em limpeza dos rios
Segundo o coordenador de endemias de Currais Novos, Francisco Duarte da Silva, desde o dia 5 de janeiro que a prefeitura vem combatendo as muriçocas para “dar sossego à população”. Segundo ele, desde o final de 2008 que nuvens de muriçocas vem se formando nos rios que banham a cidade, principalmente no São Bento e Totoró, onde há vários focos de pernilongos.
Francisco Duarte disse que uma das primeiras orientações do do prefeito Geraldo Gomes foi a montagem de uma equipe para combater a proliferação. Foram reunidos 22 homens para desobstruir os leitos dos rios. “É possível que nos primeiros dias de trabalho a quantidade de insetos aumente, mas logo eles serão eliminados. Essa ação está sendo realizadas pela Secretaria de Infra-Estrutura.
Fonte: DN Online
Desde o final de novembro, a família da vendedora Rosicléa da Silva Pacheco, 29 anos, vive uma rotina bem esgastante. Moradores da Vila Circular, no Centro da cidade, todas às tardes, eles dão início ao mesmo ritual. “Pontualmente às 16h30, meu pai pega a bomba de flit e espalha veneno, primeiro no quintal da casa, depois na frente da casa e por último dentro. Todos nós saímos de casa e ficamos do lado de fora por cerca de uma hora esperando o cheiro forte do veneno passar”, conta a vendedora. O pai dela, um eletricista de 61 anos, usa um veneno forte, específico para pulverização. “Se for pra comprar aqueles vendidos no supermercado, só dá para um dia. Aí não tem dinheiro que baste”, justifica o pai de família.
Contudo, o ritual dos finais de tarde não é praticado apenas pela família Pacheco. Em Currais Novos, ao menos todos os moradores da Vila Circular fazem a mesma coisa. “O bom é que fica todo mundo conversando no meio da rua enquanto o veneno faz efeito nas casas trancadas”, comentou Maria da Paz, outra moradora do local, que fica próximo a currais e no limite de um rio urbano.
Passada cerca de uma hora, a família Pacheco volta para dentro de sua residência, onde assiste à novela de portas trancadas para evitar que as muriçocas invadam a casa. “O ruim é que o calor aumenta ainda mais com as portas todas trancadas e, mesmo assim não tem jeito, lá pelas 22 horas já tem entrado muriçocas aos montes”, reclama Rosicléa.
A vendedora conta que a praga de muriçocas tem influenciado até seu namoro. “Tive que comprar um ventilador e agora só dá para ficar parado no sofá se for com o ventilador voltado para gente e ligado na maior potencia”, diz ela. Além do ventilador, na casa de Rose também foram comprados vários mata mosca, que usados nas muriçocas, não param de trabalhar enquanto a família assiste as novelas.
O velhos mosqueteiros também foram retomados e todos na casa voltaram a utilizá- los nas camas. “O incrível é que, mesmo sem o mosqueteiro estar furado, entram várias muriçocas. Minha sobrinha de oito anos acorda em várias noites reclamando que não consegue dormir”, ressalta Rosicléa.
O problema de alguns é oportunidade de outros. O supermercadista Manoel Filho comemora o fato de as vendas de produtos de combate a muriçocas terem triplicado. No final do ano nossos estoques não foram suficientes, dos elétricos aos do tipo “Sentinela”, vendeu tudo. Nas lojas de eletroeletrônicos a venda de aparelhos ventiladores também disparou assim como de ar condicionados só que em menor proporção.
Prefeitura investe em limpeza dos rios
Segundo o coordenador de endemias de Currais Novos, Francisco Duarte da Silva, desde o dia 5 de janeiro que a prefeitura vem combatendo as muriçocas para “dar sossego à população”. Segundo ele, desde o final de 2008 que nuvens de muriçocas vem se formando nos rios que banham a cidade, principalmente no São Bento e Totoró, onde há vários focos de pernilongos.
Francisco Duarte disse que uma das primeiras orientações do do prefeito Geraldo Gomes foi a montagem de uma equipe para combater a proliferação. Foram reunidos 22 homens para desobstruir os leitos dos rios. “É possível que nos primeiros dias de trabalho a quantidade de insetos aumente, mas logo eles serão eliminados. Essa ação está sendo realizadas pela Secretaria de Infra-Estrutura.
Fonte: DN Online
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