“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Professores do estado decidem manter greve

A greve dos professores do estado vai continuar. Em assembleia na manhã desta quinta, os grevistas votaram em sua grande maioria por não aceitar as propostas apresentadas ontem pela governadora Wilma de Faria. A decisão frustrou o governo, que esperava que a paralisação se encerrasse hoje. Na próxima segunda-feira, às 14h, uma nova assembleia avaliará o movimento no estado.

Os professores consideraram que a proposta não atendia a necessidade da classe, principalmente com os aposentados e os funcionários das escolas, excluídos das propostas. Apesar da decisão, após um mês de greve, o movimento vem perdendo força. Em algumas cidades do interior, os educadores já estão optando por voltar a sala de aula.

Na proposta do governo em reunião com o sindicato, a governadora aceitou pagar o piso nacional de R$ 950 a todos os professores da categoria - pela lei 11.738, o valor poderia ser pago em duas etapas, sendo dois terços em janeiro deste ano e um terço a partir de janeiro de 2010. Wilma também concordou em antecipar as promoções verticais e horizontais.

Ela não atendeu ao pedido de incorporação das gratificações, nem à reposição da inflação dos últimos três anos, calculada em 17%, e tampouco à solicitação de que fosse formada uma comissão para discutir o plano de cargos, salários e carreiras.

"Também não saiu nada para os funcionários e professores aposentados. Não quero dar uma opinião sobre a qualidade das propostas, mas percebi que ele não deveria ser aprovada'', disse a diretora do Sinte, Fátima Cardoso.

Com a decisão, o secretário estadual de educação, Rui Pereira, viu frustrada a tentativa de por fim ao movimento. Ontem, após a reunião, ele dava como certo o fim da paralisação. ``Vamos pagar melhor aos professores do que é pago pela média nordestina'',argumentou.

De acordo com a proposta do Estado, o pagamento da promoção vertical (aumento de salário de acordo com a escolaridade do professor), vai representar um impacto mensal de R$ 891.671,41. Segundo o governo, todos os professores serão beneficiados com esta promoção. Já as promoções horizontais (baseadas em tempo de serviço) publicadas e não pagas aumentarão a folha de pagamento em R$ 241.395,39 mensais e atinge 3.331 professores.

O governo vai acrescentar na promoção horizontal um percentual de 5% do salário. O aumento do piso salarial nacional de R$ 950 será antecipado de 2010 para 2009. Pelas contas do governo, o impacto financeiro na folha de pagamento do magistério será de R$ 23.185.843,59.


Fonte: DN Online

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