As obras da transposição do rio São Francisco foram retomadas ontem nos municípios de Cabrobó e Floresta, no sertão do São Francisco, em Pernambuco, sem manifestações ou protestos dos movimentos sociais que condenam o projeto do governo federal. “Nosso estilo de trabalho não é o confronto”, afirmou o bispo de Barra (BA), D.Luiz Flávio Cappio, que fez jejum de 24 dias, em dezembro, contra a transposição, com o apoio de movimentos sociais e da Confederação Nacional dos Bispos (CNBB). O retorno do Exército aos trabalhos é, para ele, “uma fotografia da imensa insensibilidade e falta de atenção e de respeito do governo federal com os movimentos sociais e a sociedade civil como um todo”. Ele reiterou a falta de diálogo do governo federal em torno de uma obra de tal grandeza, orçada em R$ 4,9 bilhões. “O governo federal não quer dialogar com o povo, não aceita a participação da sociedade brasileira, que foi alijada e marginalizada”, acusou D. Cappio, ao reafirmar a “total falta de espírito democrático” do governo federal. No final de fevereiro, os movimentos sociais contrários à transposição irão se reunir em Sobradinho (BA), em assembléia geral. “Estou aberto para conversar, é só ele telefonar”, reagiu o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. “Eu converso com todo mundo, sou um homem do Parlamento, experimentado no contraditório”, disse, por telefone, à reportagem. “Estou aberto como sempre estive, é só ele (D. Cappio) ligar para mim, sou pragmático”. O ministro frisou, porém, não admitir que o diálogo embuta a premissa de paralisação das obras. Ele disse aceitar que se apresentem novas experiências e visões que possam ser incorporadas ao projeto de interligação de bacias. O bispo, que representa segmentos da sociedade civil, defende um outro conceito de obras, voltadas prioritariamente para a revitalização do rio e para os pequenos agricultores do semi-árido. O governo federal quer levar água para abastecer municípios de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará e promover projetos agrícolas.
Incêndio destrói casa na rua Boaventura, em Belém
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