“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Governo Lula tem melhor avaliação desde janeiro de 2003, diz CNT/Sensus

A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro foi a melhor desde janeiro de 2003. A performance pessoal do presidente também só foi superada pela de dezembro de 2003, mostrou nesta segunda-feira pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). A avaliação positiva do governo subiu para 52,7% em fevereiro, enquanto em outubro ficou em 46,5%, data do levantamento anterior. Já a avaliação negativa passou de 16,5% para 13,7% neste mês. Na pesquisa divulgada em 29 de janeiro de 2003, poucas semanas após Lula assumir a presidência, a aprovação do governo era de 56,6%. O desempenho pessoal do presidente Lula foi aprovado por 66,8% dos entrevistados, ante 61,2% na sondagem anterior e em dezembro de 2003 tinha ficado em 69,9%. A 91ª edição da pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 15 deste mês, com 2.000 pessoas em 136 municípios do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para cima ou para baixo.

Polêmica dos cartões
O uso indevido de cartões corporativos - com gastos excessivos por parte de ministros, funcionários do Governo Federal e de seguranças da família do presidente Lula - é conhecido por 64,1% dos entrevistados da Pesquisa CNT/Sensus. Dos 64,1% que conhecem o assunto, 10,9% aprovam a manutenção do uso do cartão corporativo; 83,1% desaprovam a prática e 3,4% aprovam, desde que regido por normas. Para 70,2%, os ministros e funcionários que usaram indevidamente os cartões corporativos deveriam perder o cargo e repor os gastos; para 19,9%, somente repor os gastos; para 4,9%, somente perder o cargo. E 2,2% acham que ministros e funcionários não deveriam perder o cargo nem repor os gastos. Para 74,9% (entre os que conhecem o assunto), o uso dos cartões afeta a imagem do presidente Lula; 20,2% não acreditam que afete.

Sucessão presidencial e municipal
A pesquisa ainda avaliou a intenção de voto para a sucessão presidencial em 2010. Nas listas em que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi incluído, ele liderou a sondagem. Com relação às próximas eleições municipais, 9,6% afirmam que certamente votariam em um candidato apoiado ou indicado pelo presidente Lula; 27,2% disseram que poderiam votar; 25,9% que não votariam em um candidato do presidente e 35,0% que somente tomariam a decisão conhecendo o candidato a prefeito de seu município.
A administração dos governadores dos Estados foi avaliada positivamente por 43,3% dos entrevistados e negativamente por 18,8%. Em agosto de 2006, a avaliação positiva dos governadores era de 46,1% e a negativa, de 18,7%. A administração dos prefeitos municipais foi avaliada positivamente por 42,0% e negativamente por 29,4%. Em agosto de 2006, a positiva era de 41,3%, e a negativa de 26,3%.

Confiança nas instituições
A pesquisa também quis saber em quais instituições a população brasileira mais confia: 39,4% confiam na Igreja; 16,5% nas Forças Armadas; 12,7% na Imprensa e nos Meios de Comunicação; 11,3% na Justiça; 4,4% no Governo Federal; 4,1% na Polícia e 0,5% no Congresso.
Em outubro de 2007, respectivamente, os índices eram: 37,2%, 16,5%, 11,2%, 9,5%, 5,0%, 3,4% e 1,1%.

Com informações da Reuters

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