A economia brasileira deve crescer 6% e a geração de emprego deve ser recorde neste ano. A previsão é do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. "Continuo afirmando que 2008 vai ser o melhor da história do Brasil, com mais de 1,8 milhão empregos gerados e com um crescimento de mais de 6%, contrariando todos os doutos da economia. Anotem e depois me cobrem", afirmou o ministro. Para Lupi, mesmo com um quadro de aparente crise internacional, esse cenário é possível porque a inflação no Brasil está em queda e o brasileiro acredita na economia. "O poder de compra do brasileiro está muito forte, o brasileiro está acreditando na economia. Tivemos queda da inflação de dezembro para janeiro. Um ou outro produto que tem um crescimento acima da média", disse. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (19) pelo ministério, em janeiro foram gerados no país 142.921 empregos com carteira assinada, resultado considerado recorde. Em janeiro do ano passado, foram criados 105.468 postos de trabalho. A indústria foi o setor que mais empregou, com a criação de 59.045 vagas, seguida por serviços, com 49.077 postos de trabalho, construção civil, com 38.643, e agropecuária, 8.035. O único setor a apresentar resultado negativo foi o comércio, com o fechamento de 14.144 postos de trabalho em função da dispensa de empregados depois das festas de fim de ano. Na avaliação do ministro, o resultado da agricultura vai crescer mais em fevereiro e o setor de comércio vai recuperar a contração de trabalhadores. "O comércio no mês que vem volta a se estabilizar porque voltam as aulas, começa a ter uma compra maior do material escolar", explicou. Lupi disse que setores que necessitam de mão-de-obra especializada podem enfrentar um colapso, caso não invistam em qualificação. "Já estamos tendo em alguns setores falta de mão-de-obra qualificada grave. Não chega a ser um colapso ainda. Se a gente não investir firme nesse setor, tem a possibilidade de acontecer [o colapso] em médio prazo". Ele citou como exemplo a indústria de aço e automobilística. Segundo o ministro, os dados mostram um "belo problema", que é ter uma demanda maior do que a prevista. "Você tem as pessoas comprando mais do que todas as previsões. Então, o grande desafio é essas indústrias da área de transformação conseguirem suprir essa demanda do mercado. Isso é uma equação difícil, mas a gente percebe que a indústria brasileira está se aperfeiçoado". De acordo com Lupi, o ministério espera ter este ano R$ 800 milhões para a área de qualificação profissional. Lupi adiantou que ainda neste mês será assinado um convênio com o Sistema S para qualificar trabalhadores amparados pelo seguro desemprego. Os recursos seriam do governo federal e do sistema S.
Agência Brasil
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