“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Novos tremores de terra assustam moradores na região de Sobral (CE)

Dois tremores de terra assustaram a população de Sobral (CE), na madrugada desta sexta-feira. Segundo informações preliminares das defesas civis do município e do Estado, ninguém ficou ferido. Os tremores ocorreram seguidamente a partir da 1h50 e duraram poucos minutos. Eles atingiram 3,7 graus na escala Richter segundo o laboratório de sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), e provocaram rachaduras em casas localizadas nas localidades de Jordão, Jaibaras, São Francisco e sítio Bom Jardim, todas em Sobral. Desde então, foram registrados cerca de 300 pequenos tremores, em grande parte reflexo dos dois grandes abalos registrados na madrugada. O laboratório de sismologia vem estudando fenômenos desse tipo na região desde janeiro deste ano, no entanto, os registrados nesta madrugada foram os maiores já captados desde então. No dia 17 de fevereiro deste mês, foi registrado um tremor de terra não dimensionado e que foi sentido também em Tianguá e Jijoca de Jericoacoara. Em dezembro de 2007, um terremoto de 4,9 graus na escala Richter atingiu a comunidade rural de Caraíbas, em Itacarambi, no norte de Minas Gerais, matando uma menina de cinco anos. Segundo Rosa de Lourdes, da Defesa Civil Municipal, ninguém ficou desabrigado. Segundo ela, alguns moradores estão com medo de retornar às suas casas e passaram a noite no meio da rua. Ioneide Araújo, da Defesa Civil Estadual, afirmou que uma equipe se deslocou de Fortaleza para auxiliar no mapeamento das áreas afetadas. Uma equipe do laboratório de sismologia da URFN composta por três técnicos irá se deslocar ainda hoje de Natal rumo ao município cearense. Segundo o coordenador do laboratório, Joaquim Ferreira, um equipamento para medir as movimentações de terra está instalado na divisa dos municípios de Alcântaras e Sobral. Eles receberam as informações em Natal por intermédio da internet. O objetivo da visita, segundo o coordenador, é de verificar no local o que foi captado pelo equipamento. Ele afirma não ser possível identificar com precisão o que ocorre na região. A hipótese, segundo ele, é de existência das chamadas zonas de fraqueza no solo que podem provocar movimentações e abalos. "Tratam-se de eventos que não são visíveis na superfície", disse.

Folha Online

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