O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que apresente ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, contraproposta para reajuste dos militares, concedendo 16% de aumento este ano, mais a inflação futura, escalonada até 2010, que daria mais algo em torno de outros 14%. Elas seriam pagas em outras duas parcelas, nos próximos dois anos. Os militares estão pedindo reajustes escalonados em até duas vezes, que variariam de 27,62% a 37,04% e já haviam sinalizado que consideram muito baixa a proposta porque as demais categorias teriam sido mais privilegiadas. Mas um ponto está fechado em relação aos militares: o governo concordou e vai autorizar o aumento de R$ 207 para R$ 415 para os 80 mil recrutas. Na mesma reunião com Paulo Bernardo, no Palácio do Planalto, o presidente discutiu a questão do reajuste de 750 mil servidores civis. Muito irritado com as categorias consideradas muito bem remuneradas e que estão em greve, como os advogados da União e os fiscais da Receita Federal, Lula resolveu jogar duro. O governo pensa em excluí-las do reajuste que pretende dar aos servidores este ano. Lula voltou a desabafar ontem que considera “uma aberração” um trabalhador que entra em greve não ter os dias parados descontados do seu salário no final do mês. Onze categorias aguardam a negociação de reajustes salariais. Lula disse ontem ao presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que pretendia enviar ao Congresso a proposta de reajuste dos servidores civis por meio de projeto de lei. Chinaglia, no entanto, sugeriu a edição de uma MP, para que a questão não ficasse se arrastando no Congresso.
Fonte: Tribuna do Norte
Fonte: Tribuna do Norte
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