“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


sexta-feira, 28 de março de 2008

Trabalho infantil atinge quase 80 mil no RN

O Rio Grande do Norte tem quase 80 mil crianças e adolescentes ocupadas com trabalho. Isso é o que mostra a pesquisa "Aspectos Complementares de Educação, Afazeres Domésticos e Trabalho Infantil”, suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A pesquisa fez levantamento sobre o tipo de ocupação dos brasileiros até 17 anos no ano de 2006. Com relação ao trabalho infantil, a pesquisa identificou que 10,5% das crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam ocupadas na função, sendo 52.000 homens e 27.000 mulheres, distribuídos por faixa etária da seguinte forma: 26.000 de 5 a 13 anos de idade e 53.000 de 14 a 17 anos. No RN, 76,7% do total de 1.004.000 pessoas nessa faixa etária frequentaram escola ou creche. Comparando com os demais estados, o RN ocupou a terceira posição do Nordeste. O Rio de Janeiro teve com a maior taxa de freqüência (80,3%); e o Acre, a menor (65,1%). As 234.000 pessoas de 0 a 17 anos de idade que não freqüentaram escola ou creche estavam distribuídas pelos seguintes grupos de idade: 162.000 de 0 a 3 anos; 19.000 na faixa de 4 a 6 anos; 16.000 na faixa de 7 a 14 anos; e 36.000 entre 15 e 17 anos (PNAD/2006). O item afazeres domésticos atingiu 37,8% das 753 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em 2006, o equivalente a 285.000 pessoas. A maioria deles (89,1%) também freqüentava escola. O exercício de afazeres domésticos por crianças e adolescentes, em função das tradições da família brasileira, aplica-se normalmente às meninas, preferencialmente, nas faixas etárias com maior idade.
Buscando compreender a inserção das crianças de adolescentes do RN em afazeres domésticos, O IBGE investigou a renda mensal domiciliar per capita, cuja avaliação da distribuição apontava para o maior número de crianças e adolescentes exercendo a afazeres domésticos nos domicílios de renda per capita mais baixa.

Fonte: DN Online

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