“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


sexta-feira, 18 de abril de 2008

No Orkut, mãe de Isabella faz nova homenagem à filha

Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, acrescentou em seu perfil no site de relacionamentos Orkut um novo texto em homenagem à filha, que faria seis anos nesta sexta-feira (18). Desde a morte da menina, a página pessoal de Ana Carolina virou um espaço onde milhares de pessoas se solidarizam e pedem justiça – as mensagens já ultrapassam os 100 mil e, por isso, deixaram de ser somadas pelo site. “A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável”, diz parte do texto publicado por Ana Carolina. Seu perfil já continha um trecho da música “Eu sei que vou te amar” e também um agradecimento àqueles que deixam mensagens de apoio. “Não tenho condições de respondê-las, apenas de dizer que são muito importantes”, escreveu a mãe de Isabella. Além de ter acrescentado o texto em sua página, Ana Carolina trancou seus álbuns de fotos e vídeos no Orkut. As imagens de sua filha, que ela havia publicado na rede social, circularam na internet e deram origem a vídeos on-line que homenageiam Isabella. Esse conteúdo também foi usado por diversas pessoas que clonaram o perfil de Ana Carolina, com o objetivo de se passar por ela no Orkut. Isabella Nardoni morreu após ser jogada na noite do dia 29 de março do 6º andar de um prédio na Zona Norte da capital. Nesta sexta, o pai e a madrasta da criança prestam novo depoimento à polícia, uma semana após terem sido soltos ante determinação judicial.

Leia na íntegra o texto que Ana Carolina divulga no Orkut
"A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra
esquina. Está tudo bem!"


Fonte: G1

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