Queda na tarifa de luz fica abaixo do esperado

A redução da tarifa de energia elétrica no Rio Grande do Norte será menor do que se esperava. Ao invés dos 9,39% propostos inicialmente por ela própria, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem, como “índice final de revisão” o percentual médio de - 6,16% para as tarifas da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern). A redução, que entrará em vigor na terça-feira, vai beneficiar 950 mil unidades consumidora, atendidas pela distribuidora. Para os clientes de baixa tensão - residências e comércio – a redução será de 2,14%. Para a indústria, que recebe energia em alta tensão, a redução vai variar de 0,14% a 16,57% (veja quadro). Além da Cosern, a Aneel aprovou também redução para as tarifas da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) – que pertence ao mesmo Grupo Iberdrola, controlador da Cosern. No caso dos baianos, a redução média foi de 12,29%. Lá, a redução para as residências e para o comércio será de 13,89% e, para a indústria, varia de 3,43% a 12,04%. As reduções nas tarifas, segundo a Aneel, refletem ganhos de produtividade e redução do custo médio de capital (que define a remuneração das concessionárias), calculados no processo de revisão tarifária. Entretanto, a diminuição nas tarifas aprovada hoje pela Aneel poderia ser maior caso não houvesse a incidência do repasse da cobertura tarifária para o Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que tem como atribuição garantir a segurança energética. O processo de revisão da Cosern – a exemplo das demais concessionárias, foi submetido a audiências e consultas públicas durante cerca de dois meses. A revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras. Seu objetivo é obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição e a cobertura de despesas efetivamente reconhecidas pela Aneel. No ano passado, o reajuste autorizado para a Cosern, concessionária de energia elétrica do RN, resultou em aumento de percentuais entre 5,41% e 5,81%. De acordo com a Aneel, com o aumento do número de usuários e a conseqüente redução de custos da concessionária, foi possível chegar a um percentual negativo. A redução menor do que o esperado, ainda de acordo com a Anatel se deveu a novos cálculos feitos pelos técnicos da agência com base em informações repassada pela Cosern. A agência, no entanto, não detalhou que números mais teriam influenciado para puxar para baixo a redução nas tarifas.

Fonte: DN Online