“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


segunda-feira, 21 de abril de 2008

Pílula antibarriga no Brasil

Quase um ano após ter sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o rimonabanto chega às farmácias do Rio esta semana. O rimonabanto, que será comercializado sob o nome de Acomplia, é mais conhecido como pílula antibarriga. Produzido pelo laboratório francês Sanofi-Aventis, o remédio promete combater a obesidade, melhorar o colesterol, reduzir os triglicerídeos e controlar a diabetes. A demora na comercialização do Acomplia deveu-se às negociações do preço. Segundo o laboratório, no máximo, o remédio custará R$ 225 para o consumidor. Até pouco tempo, pacientes do Rio chegavam a pagar R$ 400 por caixa importada com 28 comprimidos. É o caso da empresária Ana Cláudia Cosenza, 45 anos. Ela tomou o Acomplia por cinco meses e perdeu 7 kg. Com 1,62 m de altura, Ana Cláudia hoje ostenta 55 kg. “Eu pagava caro pela importação, mas não me arrependo. Após me submeter a todo tipo de dieta, cheguei ao peso que queria. Recuperei minha auto-estima. Desconfio até que rejuvenesci”, brinca. O Acomplia só poderá ser comprado em farmácias e drogarias mediante receita médica controlada. Apesar da promessa de encolher até 8 cm da cintura em menos de um ano, o Acomplia não pode ser usado por qualquer pessoa. É recomendado para pacientes com obesidade ou sobrepeso, associado a outros fatores de risco, como colesterol, diabetes ou hipertensão. Basta fazer o teste da fita métrica: a medida-limite é de 94 cm para homens e de 80 cm para mulheres. “O Acomplia não é indicado para quem tem a ilusão de que droga combate gordura localizada. Só atua na gordura abdominal ou barriga de chope — a mais perigosa. Não é recomendado para pacientes com histórico de depressão ou que tomem antidepressivos. Pode provocar náuseas, tonturas e enjôos”, alerta o endocrinologista Tércio Rocha.

30 PAÍSES

O Acomplia é comercializado em 30 países e, desde 2006, trata meio milhão de pacientes. Só não passou ainda pelo crivo da FDA. A agência de controle nos EUA decidiu observar mais. No Brasil, segundo a Anvisa, os resultados das pesquisas clínicas demonstraram que, obedecidas as indicações médicas, o remédio é seguro. “Normalmente, sintomas como ansiedade e depressão ocorrem em cerca de 9% dos pacientes. É importante que haja acompanhamento médico. Se for constatada alteração de humor, é possível mudar o remédio, alterar dosagem, intercalar dias ou suspender”, diz o endocrinologista Márcio Mancini.

Fonte: O Dia

Nenhum comentário: