“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dirceu critica discurso de prefeitos sobre corte de gastos e redução de investimentos

O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) criticou os discursos de prefeitos que tomaram posse na semana passada e que anunciaram corte de gastos e redução de investimentos por causa da crise financeira.

Eu seu blog, o ex-ministro ressaltou que os prefeitos assumiram com um discurso errado, pois não apresentaram medidas para garantir o crescimento e o emprego, como fez o governo federal.

Segundo Dirceu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou ao adotar medidas que não só garantem o crédito, mas favorecem o cidadão e evitem a queda no consumo.

"Na crise não se pode tomar só medidas corretamente benéficas à produção e ao crédito, geralmente abrindo mão de receitas orçamentárias via redução dos impostos. Como tem acertadamente alertado o presidente Lula --e adotado medidas correspondentes-- é preciso apoiar diretamente o cidadão, sua família e os empreendedores autônomos, micro e pequenos empresários, evitando a quebra de cadeias produtivas e do consumo familiar", afirmou o ex-ministro em seu blog.

Na avaliação de Dirceu, é preciso que o governo federal transforme o "discurso em prática" e, se preciso for, mudar "até os responsáveis pelas áreas".

"É atuar exatamente na contramão dos discursos de posse dos prefeitos que, ao contrário do governo federal, só falam em cortar gastos e reduzir investimentos, sem apresentar medidas para sustentar o emprego e o crescimento", afirmou o ministro no blog.

Entre os prefeitos que anunciaram medidas anti-crise estão Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, que anunciou contingenciamento de 10% do Orçamento, e Eduardo Paes (PMDB), que cortou 30% nos valores pagos aos cargos comissionados e especiais e 20% nas despesas de custeio e o contingenciamento da quantia destinada aos contratos assinados pela prefeitura com empreiteiras e fornecedores.

No post, Dirceu diz que o governo federal "não pode vacilar" em enviar para o Congresso Nacional uma "medida legal" para viabilizar os investimentos e as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Fonte: Folha Online

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