“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


terça-feira, 21 de julho de 2009

Austrália faz primeiro teste de vacina para gripe suína em humanos

A empresa australiana CSL Ltd., com sede em Melbourne, será a primeira a realizar testes da vacina contra a gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), em humanos. O teste deve ser realizado nesta quarta-feira, segundo reportagem da rede de televisão americana CNN.

Ao todo, 240 voluntários receberão doses da nova fórmula em meio a declarações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que, com a velocidade sem precedentes de transmissão do novo vírus, todo mundo deveria ser vacinado.

"O vírus já não pode ser detido e que todos os necessitarão de vacina. Virtualmente, os 6,8 bilhões de habitantes do planeta poderão ser infectados", afirmou o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, citado pela agência de notícias France Presse.

O teste, segundo a CNN, será conduzido em adultos saudáveis com idade entre 18 e 64 anos. Os participantes receberão duas doses da nova vacina com um período de três semanas de distância. Testes sanguíneos determinarão se eles estão respondendo de maneira adequada à fórmula.

A OMS informou nesta terça-feira que a gripe suína já provocou mais de 700 mortes ao redor do mundo. O último balanço oficial da organização, divulgado em 6 de julho passado, indicava 429 mortes causadas pela gripe A (H1N1).

No Brasil, o Ministério de Saúde confirmou nesta segunda-feira 15 casos da gripe que resultaram em mortes no país. O ministério informou que há transmissão sustentada --sem contato-- no país.

Na sexta-feira passada, a OMS alertou que o vírus da gripe suína está se propagando a uma velocidade sem precedentes e comunicou que deixaria de disponibilizar balanços sobre a evolução da pandemia no mundo.

"Nas pandemias anteriores, os vírus gripais precisaram de mais de seis meses para se propagar tanto como aconteceu com o novo vírus A (H1N1) em menos de seis semanas", afirma, em um comunicado, a organização, com sede em Genebra.

A organização reiterou, contudo, que o nível pandêmico decretado em junho refere-se à velocidade da propagação e não à letalidade do vírus, que afetou de forma leve a maioria dos pacientes. "O vírus tem um caráter benigno para a grande maioria dos pacientes que, em geral, se restabelecem, inclusive sem tratamento médico, uma semana depois da aparição dos primeiros sintomas".

Assim, a OMS mudou de estratégia e passará a controlar apenas os casos incomuns ou com novos padrões.


Fonte: Folha Online

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