RIO - A estonteante cantora Claudia Leitte se apresentou à frente de seu grupo, o Babado Novo, pela última vez no carnaval de Salvador. Agora a cantora, nascida em São Gonçalo mas criada na Bahia, encara uma nova fase de sua carreira, o vôo solo. Antes acompanhada do grupo que é sucesso nacional, Claudia brilha sozinha, mas diz que não é egoísta e classifica sua carreira solo como trabalho de equipe. E o pontapé inicial não podia ser em maior estilo: a cantora se apresenta neste domingo em um grande show na Praia de Copacabana, às 19h, no Posto 2, onde foi montado um mega-palco comparável a shows internacionais como os Rolling Stones ou o festival Live Earth, que também aconteceram no local em anos anteriores. A estimativa da assessoria é que o público supere um milhão de pessoas. Esbanjando simpatia, Claudia concedeu uma entrevista coletiva na tarde de sexta-feira, em que deu detalhes desta nova fase de sua carreira, que ela classificou como recomeço. Apesar do sotaque baiano e a forte ligação com a terra de Caetano Veloso, a cantora explicou que escolheu o Rio como palco do início de seu vôo solo por que nasceu aqui, mais especificamente em São Gonçalo, mas mudou-se para a Bahia com apenas cinco dias de vida. Claudia explicou que por sugestão de seu marido escolheu a praia de Copacabana como palco já que se trata de “um cartão postal do universo”. Sobre a nova fase, a cantora fez questão de ressaltar que agora tem mais liberdade para interagir em outros níveis de produção: ela assina a direção do show de domingo, além de ser responsável pelos recursos cênicos que serão mostrados ao público, com direito a flertes com a pop-art. Sobre seguir diferentes vertentes musicais, Claudinha, como é carinhosamente chamada por seus fãs foi categórica: - Não pretendo abandonar as raízes. Sou cantora de axé e meu lugar é no alto do trio elétrico. Não me desvencilho do meu estilo que é a música baiana, no entanto outros tipos de música também me comovem. Gosto até de rock´n´roll. Led Zeppelin, Iron Maiden, até de Angra sabiam? Ela contou que renovou com a gravadora Universal, que já era seu selo desde tempos de Babado Novo. Contou que é viciada em internet, e através de seu blog mantém um contato direto com seus fãs. Inclusive revelou que em um concurso online, recentemente realizado para eleger os melhores do carnaval, votou em si própria diversas vezes (ela ganhou o prêmio). Sobre os boatos que dizem que ela não se dá bem com Ivete Sangalo, já que comparações entre as duas são inevitáveis, Claudia fez questão de afirmar que as duas se dão muito bem quando se encontram. - Não somos amigas intímas. Viajo muito, não dá tempo mesmo. Mas me dou muito bem com Ivete, nunca tive problemas com ela. Fico lisonjeada ao ser comparada com ela. Quando questionada se o axé music é a chave para a cantora de sucesso, Claudia discordou da pergunta. Segundo ela, a boa cantora deve sentir emoção em cima do palco e passar isso para o público independente do estilo. Sobre o duplo “T” em seu sobrenome, ela contou que adicionou a segunda letra na 4ª série primária, para ter “nome de artista”. Claudia se derreteu em elogios quando começou a falar sobre os convidados que realizarão duetos com ela no show de domingo. Além de apresentar sete músicas inéditas, a cantora irá receber cinco convidados em seu palco: Wando, que se diz fã desde criança, Carlinhos Brown, que ela classificou como gênio da música popular, além de Gabriel o Pensador, Badauí (do grupo emo CPM 22), e a conterrânea Daniela Mercury. A cantora abomina drogas e criticou a “fase rehab” da música internacional, já que muitos músicos têm recentemente se internado em clínicas de reabilitação. A cantora encerrou a coletiva afirmando que o show irá se inspirar no glamour da Copacabana das décadas de 40 e 50 e disse que em sua nova fase tenta agregar elementos diversos em sua musicalidade. - A palavra de ordem é fusão – encerrou Claudia para em seguida ir para a sacada do hotel Copacabana Palace causando delírio a fãs que passavam no momento pelo local.
JB Online
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