“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


domingo, 17 de fevereiro de 2008

UFRN prepara chegada de alunos e veta o trote

Nesta segunda-feira mais de 3 mil alunos iniciam uma nova etapa na sua carreira estudantil, começam a frequentar as aulas na UFRN. Historicamente, esse é um dia no qual vários trotes são promovidos com os novatos. Os veteranos fazem brincadeiras, em alguns casos saudáveis, mas em outros extrapolam os limites da sensatez e partem para a violência. É justamente esses excessos que a UFRN quer combate, por isso realiza amanhã, a partir das 14h, uma recepção aos novos alunos no auditório da Reitoria, quando fará uma ação educativa para conscientizá-los sobre o assunto. ‘‘Existe na Universidade a Resolução 038/2002 do Consepe (Conselho de Ensino e Pesquisa) que proibe trote dentro dos limites da instituição. Com essa ação nós queremos conscientizar os calouros de que eles não são obrigados a participar. Caso sejam obrigados a isso, podem chamar a segurança da instituição que está apta a coibir qualquer abuso, o telefone para chamar a segurança é 0800 842050’’, alertou o secretário de Assuntos Estudantis (antiga Pró-reitoria de Assuntos Estudantis), Ranke dos Santos Silva. Ele ainda alerta que o aluno que insistir em pregar o trote está passível de punição, que pode ir de uma suspensão até a expulsão. Durante a solenidade de recepção, além do entretenimento através da música de Danilo Guanais, de uma encenação teatral do DCE e da distribuição de brindes, a Universidade fará o alerta para os riscos do trote, ‘‘nós também vamos começar a fazer um trabalho voltado para os veteranos, que são os que pregam os trotes. Eles são espertos, em muitos casos, amarram os calouros e os levam para fora da Universidade. Os pais reclamam muito dos trotes. Os mais violentos ocorrem sempre nos cursos da área biomédica, principalmente, em medicina, odontologia e farmácia’’, afirma. O secretário ainda lembra que os trotes mais comuns na UFRN são a retirada dos pertences dos alunos, sujá-los de lama, retirar peças de roupas, cortas os cabelos, amarrá-los e também obrigá-los a pedir dinheiro nos sinais, ‘‘nós temos um caso de uma aluna que foi atropelada em um sinal e hoje tem problemas de deficiência física por causa disso. Em São Paulo já houve até caso de morte. Nós queremos evitar essas violências’’, alerta.

ISegurança da UFRN
para denunciar o trote:

0800 84 20 50

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