A forte redução da desigualdade que vem ocorrendo há alguns anos no país fez com que, no primeiro semestre deste ano, a Região Nordeste ultrapassasse, pela primeira vez na história, o consumo residencial de energia elétrica da Região Sul. A constatação é do estudo Consumo Residencial de Energia Elétrica na Região Nordeste, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Os dados do estudo indicam que, em 2004, apesar de o Nordeste concentrar 28% da população brasileira, o consumo residencial de energia elétrica da região, que detinha menos de 13% da renda nacional, equivalia a apenas 16% do consumo residencial de eletricidade no país. A Região Sul, com pouco menos de 15% da população e 17% da renda bruta do país, respondia por quase 18% da demanda por energia elétrica nas residências.
Para o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a reversão desse quadro tem um simbolismo muito importante e reflete uma forte redução da desigualdade no país. Segundo ele, tal redução pode ser comprovada também pelo fato de que o percentual de residências nordestinas atendidas pela rede elétrica está dentro da média brasileira.
“Dois fatores explicam o que aconteceu: de um lado, o aumento da renda das famílias no Nordeste e, de outro, o aumento do número de ligações”, afirmou.
De acordo com Tolmasquim, o aumento da renda está ligado tanto ao aumento do salário mínimo, que tem um peso muito grande no Nordeste, quanto aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.
Quanto ao aumento no número de residências ligadas à rede básica, Tolmasquim disse que tem influencia direta, principalmente, do Programa Luz para Todos, que aumentou muito o número de ligações na Região Nordeste.
A mudança desse quadro, que começou a se configurar em dezembro de 2007, foi consolidada neste ano. Os dados divulgados pela EPE constatam que, nos 12 meses encerrados em maio último, o consumo residencial de eletricidade no Nordeste foi de 15,4 gigawatts/hora (GWh), enquanto na Região Sul se fixou em 15 mil GWh.
“A diferença é pequena, porém sustentável. Ela é estrutural e chegou para ficar”, afirmou Tolmasquim. “Há seis meses vem se verificando tendência crescente na diferença entre o consumo dessas duas regiões, o que demonstra que a ultrapassagem do Sul pelo Nordeste no consumo residencial de energia elétrica não é episódica”, concluiu.
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Os dados do estudo indicam que, em 2004, apesar de o Nordeste concentrar 28% da população brasileira, o consumo residencial de energia elétrica da região, que detinha menos de 13% da renda nacional, equivalia a apenas 16% do consumo residencial de eletricidade no país. A Região Sul, com pouco menos de 15% da população e 17% da renda bruta do país, respondia por quase 18% da demanda por energia elétrica nas residências.
Para o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a reversão desse quadro tem um simbolismo muito importante e reflete uma forte redução da desigualdade no país. Segundo ele, tal redução pode ser comprovada também pelo fato de que o percentual de residências nordestinas atendidas pela rede elétrica está dentro da média brasileira.
“Dois fatores explicam o que aconteceu: de um lado, o aumento da renda das famílias no Nordeste e, de outro, o aumento do número de ligações”, afirmou.
De acordo com Tolmasquim, o aumento da renda está ligado tanto ao aumento do salário mínimo, que tem um peso muito grande no Nordeste, quanto aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.
Quanto ao aumento no número de residências ligadas à rede básica, Tolmasquim disse que tem influencia direta, principalmente, do Programa Luz para Todos, que aumentou muito o número de ligações na Região Nordeste.
A mudança desse quadro, que começou a se configurar em dezembro de 2007, foi consolidada neste ano. Os dados divulgados pela EPE constatam que, nos 12 meses encerrados em maio último, o consumo residencial de eletricidade no Nordeste foi de 15,4 gigawatts/hora (GWh), enquanto na Região Sul se fixou em 15 mil GWh.
“A diferença é pequena, porém sustentável. Ela é estrutural e chegou para ficar”, afirmou Tolmasquim. “Há seis meses vem se verificando tendência crescente na diferença entre o consumo dessas duas regiões, o que demonstra que a ultrapassagem do Sul pelo Nordeste no consumo residencial de energia elétrica não é episódica”, concluiu.
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
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