No mês de dezembro de 2008, ocorreu uma redução de 654.946 empregos com carteira assinada no Brasil. Foi a maior queda mensal desde maio de 1999, quando o Ministério do Trabalho começou a usar a metodologia atual. O recorde anterior havia sido em dezembro de 2004, quando o país perdeu 352.093 vagas.
Historicamente, o mês de dezembro é sempre de queda em empregos, segundo informações do Ministério do Trabalho, sendo que nunca houve, desde o inicio da pesquisa, um crescimento nos postos de trabalho no último mês do ano.
De acordo com o órgão, em dezembro de 2008, o setor mais afetado foi a indústria de transformação, que engloba vestuário, automóveis, calçados e móveis. Somente nestes segmentos, foram perdidas 273.240 vagas de emprego.
Além da crise, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu esta queda de empregos aos estoques elevados que estas fábricas estavam mantendo.
O segundo setor mais afetado foi o da agricultura, que teve um saldo negativo de 134.487 empregos. O ministro disse que esta retração reflete a dificuldade de obtenção de crédito pelos agricultores em meio a turbulência mundial.
Já o setor de construção civil teve uma perda de 82.432 vagas de trabalho. Para Lupi, este resultado tem a ver com a "sazonalidade" do segmento, que costuma registrar números piores no mês de dezembro por conta das férias.
Apesar dos resultados ruins de dezembro, o ano de 2008 apresentou um saldo positivo de 1.452.204 empregos, o que representou um crescimento de 5,01% sobre 2007. Este foi o terceiro melhor resultado anual desde a implementação da atual série histórica do indicador.
O melhor ano foi em 2007, com a geração de 1.617.392 vagas, seguido por 2004, com a criação de 1.523.276 empregos.
Ministro garante retomada do emprego
Lupi afirmou que em março o saldo de empregos será positivo. "O Brasil não viverá momentos mais graves do que os que já passou", disse.
Ele se encontrou nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater medidas para gerar novas vagas de trabalho.
O ministro não citou nenhum plano específico, mas falou que as empresas que se comprometerem a contratar devem ganhar isenções fiscais.
Lupi também defendeu a redução dos juros, que é esperada na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da próxima quarta-feira.
Ele disse, porém, que não basta o governo reduzir a Selic. É necessário que os bancos repassem o custo menor do dinheiro para o consumidor e parem de cobrar os juros "abusivos que atualmente praticam".
Piero Locatelli
Em Brasília
Historicamente, o mês de dezembro é sempre de queda em empregos, segundo informações do Ministério do Trabalho, sendo que nunca houve, desde o inicio da pesquisa, um crescimento nos postos de trabalho no último mês do ano.
De acordo com o órgão, em dezembro de 2008, o setor mais afetado foi a indústria de transformação, que engloba vestuário, automóveis, calçados e móveis. Somente nestes segmentos, foram perdidas 273.240 vagas de emprego.
Além da crise, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu esta queda de empregos aos estoques elevados que estas fábricas estavam mantendo.
O segundo setor mais afetado foi o da agricultura, que teve um saldo negativo de 134.487 empregos. O ministro disse que esta retração reflete a dificuldade de obtenção de crédito pelos agricultores em meio a turbulência mundial.
Já o setor de construção civil teve uma perda de 82.432 vagas de trabalho. Para Lupi, este resultado tem a ver com a "sazonalidade" do segmento, que costuma registrar números piores no mês de dezembro por conta das férias.
Apesar dos resultados ruins de dezembro, o ano de 2008 apresentou um saldo positivo de 1.452.204 empregos, o que representou um crescimento de 5,01% sobre 2007. Este foi o terceiro melhor resultado anual desde a implementação da atual série histórica do indicador.
O melhor ano foi em 2007, com a geração de 1.617.392 vagas, seguido por 2004, com a criação de 1.523.276 empregos.
Ministro garante retomada do emprego
Lupi afirmou que em março o saldo de empregos será positivo. "O Brasil não viverá momentos mais graves do que os que já passou", disse.
Ele se encontrou nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater medidas para gerar novas vagas de trabalho.
O ministro não citou nenhum plano específico, mas falou que as empresas que se comprometerem a contratar devem ganhar isenções fiscais.
Lupi também defendeu a redução dos juros, que é esperada na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da próxima quarta-feira.
Ele disse, porém, que não basta o governo reduzir a Selic. É necessário que os bancos repassem o custo menor do dinheiro para o consumidor e parem de cobrar os juros "abusivos que atualmente praticam".
Piero Locatelli
Em Brasília
Fonte:http://www.uol.com.br
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