“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Indefinição no piso salarial pode comprometer ano letivo no RN

O aumento no piso salarial dos professores, aprovado pelo Senado Federal no ano passado, deve ser repassado à categoria do RN este mês. A decisão, que suscitou muita discussão na tarde da última terça-feira, num Seminário realizado no Cefet, provocou prefeitos de municípios do interior que afirmam que o repasse comprometerá os recursos da prefeitura.

A maior dificuldade encontrada para conferir aos professores um direito que foi aprovado por lei, é o fato desse aumento ter entrado em vigor coincidindo com o período de transição das prefeituras municipais. Muitos gestores demonstraram preocupação com o aumento dos gastos com a educação.

Apesar de ter ficado definido que apenas dois terços dos R$ 950, que equivale à R$ 712, valor estipulado como piso, seriam repassados agora em janeiro, a lei sancionada assegura a complementação financeira, dos gastos com aumento do piso salarial dos professores apenas para 2010.

Segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública, Sinte-RN, Fátima Cardoso, toda essa discussão deveria ter sido feita anteriormente por uma Comissão que o Estado e o município deveriam ter criado.``Há muitos anos travamos essa luta. Somente por decisão política é que ela foi possível. Queremos nosso repasse``. Fátima ressaltou ainda que ''há um silêncio muito grande da parte do governo estadual e do municipal. Isso compromete o início do ano letivo, e demonstra um abandono e desprezo por parte dos governos aos alunos. Em fevereiro realizaremos uma Assembléia que certamente resultará numa greve'', disse.

O secretário de Educação do município de Alexandria, Wanshington Barbosa, se mostrou favorável ao aumento no piso dos professores. ''É uma forma de estimular e incentivar a qualidade'', afirmou. Esse aumento vai acrescentar a folha de pagamento do município, que tem 145 professores, R$91 mil.

Fonte: DN Online

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