O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse, em entrevista à Globonews, que não se sente culpado por nada e que por isso não vai renunciar ao cargo:
"Não posso deixar porque não me deram nenhuma saída que não fosse a de cumprir o meu dever até o fim."
Sarney não admitiu deixar a presidência, nem se a pressão pela sua saída aumentar:
"Não existe pressão porque eu não me sinto culpado de nada. Estou procurando é servir ao país. Estou procurando ajeitar essa casa. Estou pagando por isso e vou continuar até o fim. Atravessei muitas outras (crises) durante a presidência da República, duros embates" disse ele, que completou: "Só o plenário (pode me destituir). O dia em que a maioria dos colegas chegarem e me destituírem, muito bem. Eles me elegeram e podem me destituir. "
Sarney reafirmou que não queria disputar a presidência da Casa, em janeiro, mas que não pôde evitar o que chamou de uma convocação:
"Tenho realmente a certeza que relutei muito. Nunca fui presidente do Senado por minha vontade, sempre por convocação e dessa vez eu não queria de maneira nenhuma. De jeito nenhum, não tinha mais."
Oposição
Na entrevista, Sarney voltou a negar as acusações de nepotismo e disse que não pode ser acusado de censura porque seu filho, o empresário Fernando Sarney, entrou com uma ação para impedir que o jornal "O Estado de S.Paulo" publicasse gravações da Polícia Federal referentes à Operação Boi Barrica. A liminar foi concedida pelo desembargador Dácio Vieira, do TJ do Distrito Federal, que é amigo do senador.
Sobre a crise no Senado, diz que a culpa é da oposição:
"Isso é uma luta política muito clara, aberta na realidade. A oposição iniciou aqui dentro uma luta política desde o momento em que perdeu a eleição. (É) o PSDB. E uma ala do PT nunca aceitou que eu tivesse apoiado o presidente Lula."
O senador peemedebista é acusado de cometer irregularidades na administração do Senado, de ser responsável pela edição de atos secretos, de empregar pessoas ligadas à sua família e de desviar recursos públicos por meio da fundação que leva seu nome. Sarney nega as acusações.
Conselho de Ética
Nesta semana, o Conselho de Ética rejeitou recurso da oposição e manteve o arquivamento de 11 pedidos de investigação contra o presidente da Casa.
Um requerimento do PSOL contra a decisão de Conselho de Ética foi rejeitado, na noite desta quinta-feira, pela Mesa Diretora da Casa.
A adesão do PT ao grupo de senadores que defenderam Sarney no Conselho de Ética foi essencial para a manutenção do arquivamento dos processos. Sarney é considerado um aliado estratégico pelo governo. Além de influenciar a votação de projetos de interesse do governo no Legislativo, o presidente do Senado é visto como importante peça para o fortalecimento da candidatura à Presidência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Nesta sexta-feira, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer a questão sobre recursos ao plenário das decisões do Conselho de Ética do Senado. Simon foi um dos onze senadores que assinaram o requerimento.
Da Agência O Globo
"Não posso deixar porque não me deram nenhuma saída que não fosse a de cumprir o meu dever até o fim."
Sarney não admitiu deixar a presidência, nem se a pressão pela sua saída aumentar:
"Não existe pressão porque eu não me sinto culpado de nada. Estou procurando é servir ao país. Estou procurando ajeitar essa casa. Estou pagando por isso e vou continuar até o fim. Atravessei muitas outras (crises) durante a presidência da República, duros embates" disse ele, que completou: "Só o plenário (pode me destituir). O dia em que a maioria dos colegas chegarem e me destituírem, muito bem. Eles me elegeram e podem me destituir. "
Sarney reafirmou que não queria disputar a presidência da Casa, em janeiro, mas que não pôde evitar o que chamou de uma convocação:
"Tenho realmente a certeza que relutei muito. Nunca fui presidente do Senado por minha vontade, sempre por convocação e dessa vez eu não queria de maneira nenhuma. De jeito nenhum, não tinha mais."
Oposição
Na entrevista, Sarney voltou a negar as acusações de nepotismo e disse que não pode ser acusado de censura porque seu filho, o empresário Fernando Sarney, entrou com uma ação para impedir que o jornal "O Estado de S.Paulo" publicasse gravações da Polícia Federal referentes à Operação Boi Barrica. A liminar foi concedida pelo desembargador Dácio Vieira, do TJ do Distrito Federal, que é amigo do senador.
Sobre a crise no Senado, diz que a culpa é da oposição:
"Isso é uma luta política muito clara, aberta na realidade. A oposição iniciou aqui dentro uma luta política desde o momento em que perdeu a eleição. (É) o PSDB. E uma ala do PT nunca aceitou que eu tivesse apoiado o presidente Lula."
O senador peemedebista é acusado de cometer irregularidades na administração do Senado, de ser responsável pela edição de atos secretos, de empregar pessoas ligadas à sua família e de desviar recursos públicos por meio da fundação que leva seu nome. Sarney nega as acusações.
Conselho de Ética
Nesta semana, o Conselho de Ética rejeitou recurso da oposição e manteve o arquivamento de 11 pedidos de investigação contra o presidente da Casa.
Um requerimento do PSOL contra a decisão de Conselho de Ética foi rejeitado, na noite desta quinta-feira, pela Mesa Diretora da Casa.
A adesão do PT ao grupo de senadores que defenderam Sarney no Conselho de Ética foi essencial para a manutenção do arquivamento dos processos. Sarney é considerado um aliado estratégico pelo governo. Além de influenciar a votação de projetos de interesse do governo no Legislativo, o presidente do Senado é visto como importante peça para o fortalecimento da candidatura à Presidência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Nesta sexta-feira, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer a questão sobre recursos ao plenário das decisões do Conselho de Ética do Senado. Simon foi um dos onze senadores que assinaram o requerimento.
Da Agência O Globo
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