“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nelsinho aceitou bater em Cingapura para renovar contrato, diz revista

Nelsinho Piquet confirmou que aceitou bater propositalmente no GP de Cingapura do ano passado, pensando em renovar seu contrato com a Renault. A informação é da revista inglesa Autosport, que divulgou nesta quarta duas versões para o caso, uma com a visão do piloto e outra com a da equipe. A batida do brasileiro na 13ª volta favoreceu a vitória do companheiro Fernando Alonso.

O chefe da Renault, Flavio Briatore, rebateu dizendo que a ideia partiu do próprio Nelsinho. Além disso, as investigações teriam começado por iniciativa de Nelson Piquet, que procurou o presidente da FIA, Max Mosley, logo antes da última corrida do filho neste ano, na Hungria. O pai teria informado o dirigente sobre o que ocorreu em Cingapura e, após a demissão, o piloto apresentou uma denúncia formal à entidade.

De acordo com fontes citadas pela Autosport, uma reunião no escritório da Renault no paddock de Cingapura teria definido a batida de Nelsinho a fim de beneficiar o espanhol Fernando Alonso, que estava nos boxes durante o acidente e acabou vencendo a prova.

Segundo a revista, a documentação apresentada por Nelsinho à FIA confirmou a suspeita de que ele recebeu ordens para bater. Piquet teria dito que aceitou a determinação porque "se sentia desconfortável na equipe", e ainda não tinha renovado o seu contrato para 2009.

As supostas afirmações de Nelsinho, no entanto, teriam sido negadas pela documentação apresentada por Briatore e Symonds. Os dirigentes confirmam o encontro particular com o piloto, mas dão a entender que a ideia de causar o acidente partiu do próprio brasileiro.

"Eu confirmo o encontro com Piquet no domingo de manhã, mas não houve nada que já não tivesse sido conversado antes. Também lembro que o Piquet estava em um estado mental muito frágil em Cingapura. Além disso, há gravações de áudio onde eu expresso o desapontamento quando vejo as cenas da batida dele", alegou Briatore.

Já o diretor de engenharia da Renault, Pat Symonds, teria declarado: "É verdade, durante o encontro de domingo com Piquet o assunto de causar deliberadamente a entrada do Safety Car veio à tona, mas foi proposto por ele mesmo, e foi só uma conversa". A Renault não vai comentar o assunto antes da audiência com a FIA prevista para o dia 21 de setembro.

Ainda de acordo com o suposto depoimento de Nelsinho, o próprio Symonds lhe chamou em particular e o instruiu a bater na volta 13 ou na 14, logo depois que Alonso estivesse fazendo a sua primeira parada. A curva 17 foi escolhida porque não havia guindastes para içar o carro, e a entrada do Safety Car seria inevitável.

Mas Nelsinho teria feito isso esperando uma recompensa da equipe, e após os desentendimentos que levaram à quebra de seu contrato no GP da Hungria, o piloto então visitou a sede da FIA em Paris no dia 30 de julho. E levou consigo uma denúncia formal sobre o que aconteceu no ano passado, na primeira prova noturna da história.

Depois do aviso de Piquet à FIA e da suposta confissão de Nelsinho, os três comissários do GP de Cingapura voaram acompanhados por dois investigadores para Spa-Francorchamps, onde foi realizada a corrida na Bélgica há duas semanas, ocasião em que o escândalo foi revelado. Lá, começaram os interrogatórios com representantes da Renault.

Fonte: Do UOL Esporte
Em São Paulo

Nenhum comentário: