O médico Pablo Chacel, corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFR), disse hoje (28) que o fato de várias mulheres que usaram a pílula do dia seguinte terem engravidado mostra que o medicamento não é abortivo. “Eu sou contra o aborto, e estou convencido de que ela não é abortiva”, afirmou. Segundo ele, a pílula pode agir de várias formas. Nos casos em que a mulher teve ovulação, modifica a secreção feminina dificultando o caminho do espermatozóide até o óvulo impedindo a fecundação. Além disso, o medicamento inibe a ovulação feminina caso ela ainda não tenha ocorrido, impedindo que aconteça depois do ato sexual, o que seria um risco de gravidez, já que os espermatozóides permanecem em atividade no aparelho reprodutor feminino até 36 horas depois da ejaculação masculina. Chacel alertou que a pílula não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina e destacou a necessidade do uso de preservativos. “O correto é usar uma pílula rotineiramente, que é muito mais eficiente, e principalmente usar um protetor, como uma camisinha, que ainda protege contra as doenças sexualmente transmissíveis. Não é só de gravidez que as pessoas tem que se proteger, tem que se proteger de doenças”. Uma resolução concluindo que a pílula do dia seguinte não é abortiva e recomendando seu uso, mediante prescrição médica em casos de emergência urgência, foi publicada pelo CFR em dezembro de 2006. Em seu primeiro artigo, o documento aceita “a anticoncepção de emergência como método alternativo para a prevenção da gravidez, por não provocar danos nem interrupção da mesma”. O documento foi gerado a partir de estudos que incluíram, além da entidade, a Sociedade Brasileira de Ginecologia, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Associação Médica Brasileira.
Agência Brasil
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