“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Fiscalização é intensificada para coibir ‘pau-de-arara’

Uma parceria entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) e Departamento de Estradas de Rodagens do Rio Grande do Norte (DER/RN) promete intensificar a fiscalização dos veículos que transportam passageiros em compartimento de cargas. O objetivo é impedir a circulação desses veículos e, principalmente, prevenir que ocorram acidentes.
“O nosso código de transito proíbe o transporte de passageiros em compartimento de carga. É muito perigoso. Em caso de acidentes a probabilidade de morte é bem maior, já que não se tem segurança. Por nós, não seria mais permitido esse tipo de transporte”, explicou o chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Inspetor Roberto Cabral.
Mas, o mesmo código faz uma exceção para os municípios que não possuem transporte regular de passageiros. Nesses lugares, o “pau-de-arara”, como é mais conhecido esses tipo de veículo, pode circular, desde que obedeçam as normas de segurança do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Entre as normas estão a colocação de bancos e cobertura na carroceria do veículo.
“A partir desse mês, esses veículos passarão por uma vistoria do DER/RN para que só depois seja concedida uma licença que vai permitir a circulação dos carros”, explicou o superintendente regional DNIT, José Narcélio Marques. Essa licença tem duração de 12 meses, tempo que os municípios vão ter para colocar linhas regulares para os passageiros.
O DNIT deu um prazo de quatro meses, que terminou em dezembro do ano passado, para que os proprietários realizem essas adequações. A partir de agora quem estiver em desacordo com a lei vai ser autuado pela PRF, que de acordo com o Inspetor Cabral, já iniciou um intenso trabalho de fiscalização. O Seridó é a região que ainda apresenta bastante problemas com o transporte pau-de-arara. “De acordo com a resolução do Código de Trânsito, esse tipo de transporte deve ter, obrigatoriamente bancos com encosto fixados na estrutura da carroceria, carroceria com guardas altas em todo o seu perímetro, em material de boa qualidade e resistência estrutural, cobertura com estrutura em material de resistência adequada”.
Em Currais Novos, por exemplo, a prefeitura paga por quilometragem, que segundo a secretária de educação do município, Paula Francineti, varia de acordo com o carro. “Temos dois ônibus e duas vans, além disso locamos outros carros. Mas, todos precisam ter documentação do DETRAN. Está tudo dentro da lei, mas a prefeitura ainda pretende comprar mais carros”.

Tribuna do Norte

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