“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Torcida queima a camisa 'Fica Ronaldo'

Rio - Na manhã ontem, o presidente do Flamengo, Márcio Braga, acabara de tomar café quando foi avisado pela imprensa do acerto de Ronaldo com o Corinthians. Ele achou estranho. À noite, o dirigente mostrou que o prato do dia tinha sido indigesto e soltou o verbo contra o atacante, além de cobrar os três almoços que garante ter pago para o empresário do jogador, Fabiano Farah, no Photochart.

O requintado restaurante no Jockey Club oferece uma generosa carta de vinhos e pratos como a costeleta de cordeiro ao molho de gengibre com arroz de hortelã (R$ 75,80) e o parpadelle ao ragu de pato (R$ 39,50).

“O Ronaldo usou nossa equipe, o clube, virou as costas e não disse nem obrigado. Um mal-educado. Poderia mandar cobrar a conta dos meses em que ele se recuperou aqui. O sentimento que fica é de tristeza e de decepção. Isso tudo tem gosto muito amargo”, afirmou Márcio Braga.

E o dirigente rubro-negro foi além: “Ainda tive de pagar três almoços para o seu procurador, no restaurante do Jockey, e vou cobrar. Ele poderia ter ligado, sairia mais barato do que eu fazer a cobrança. Foi uma falha grave”.

O vice de futebol do Fla, Kléber Leite, deu de ombros para o acerto entre Ronaldo e Corinthians. “É uma escolha dele. Se o Ronaldo acha que isso é o melhor para sua carreira, paciência. O que eu vou fazer?”, questionou Kléber.

Nesta terça-feira à noite, a Fla TV, televisão do clube que funciona na Internet, já exibia imagens dos torcedores queimando camisas em referência a Ronaldo. A chamada da reportagem era: ‘Ronaldo: Persona non grata na Gávea’.

Durante 2008, os dirigentes sonharam com a contratação do atacante. Márcio Braga exaltava que o clube estava de braços abertos; Kléber Leite também destacava a vontade de ter o jogador em 2009.

Ninguém digeriu bem o pouco caso do Fenômeno com o Flamengo. E quem pagou o prato e o pato foi Márcio: “Quem quiser saber dele agora, que pergunte ao presidente do Corinthians”.
Fonte: O Dia

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