“As palavras movem, mas são os exemplos que inspiram atitude e comportamento semelhante.”


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Inadimplência do consumidor em janeiro de 2008 é mais alta que em 2007, divulga Serasa

Inadimplência do consumidor em janeiro de 2008 é 6,9% maior que em janeiro de 2007, segundo indicador Serasa. A inadimplência dos consumidores aumentou 6,9% em janeiro de 2008, em relação a janeiro do ano passado, de acordo com o Indicador Serasa de Inadimplência, que tem abrangência nacional. Em relação a dezembro de 2007, o indicador apresentou redução de 1,4%. As dívidas com bancos lideraram em janeiro de 2008 o ranking de representatividade da inadimplência, com uma participação de 42,6% no indicador. É a maior participação da inadimplência com bancos no Indicador no primeiro mês do ano, desde 2003. Em janeiro de 2007 as pendências com instituições financeiras representaram 36,2% da inadimplência dos consumidores, e em dezembro último 42,8%. Em segundo lugar na representatividade total da inadimplência aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que em janeiro deste ano tiveram participação de 31%. No primeiro mês de 2007 esta modalidade de inadimplência representou 31,6%. Em terceiro lugar estão os cheques devolvidos por insuficiência de fundos, com representatividade de 24% em janeiro de 2008, percentual menor do que o registrado em janeiro do ano anterior, com 29,5%.
Fechando o ranking, os títulos protestados apresentaram 2,4% de participação em janeiro deste ano, menor que os 2,8% obtidos no mesmo mês de 2007.
Valores médios das dívidas
Ainda segundo o indicador, as dívidas com cartões de crédito tiveram em janeiro de 2008 um valor médio de R$ 354,34, com um aumento de 4,3% na relação com janeiro do ano passado. Também apresentando crescimento, as dívidas com bancos tiveram elevação de 4,8% na comparação entre janeiro de 2008 e janeiro de 2007, com valor médio de R$ 1.378,21. Quanto aos títulos protestados, em janeiro de 2008 tiveram valor médio de R$ 934,20, o que representa crescimento de 14% no valor na comparação com o primeiro mês de 2007. Já os cheques devolvidos registraram em janeiro deste ano valor médio de R$631,15, com alta de 6,1% na relação com janeiro do ano anterior.
Argumentação
O maior endividamento do consumidor, acumulado ao longo de 2007, mostra seus efeitos no primeiro mês de 2008. O aumento sazonal da inadimplência, em conseqüência dos pagamentos das despesas típicas de início de ano (IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares), em 2008 está acima do registrado em mesmo período de 2007 (5,1%). Essa a carga tributária mais pesada a cada ano, especialmente nesta época, reduz a capacidade de pagamento do consumidor em relação às dívidas assumidas. Mesmo com a redução das taxas de juros, com o aumento do emprego formal (com carteira assinada) e com a elevação da massa salarial no ano passado, o consumidor inicia 2008 experimentando mais dificuldades para honrar seus compromissos do que tinha em igual período de 2007. As facilidades de crédito com o relaxamento em sua concessão, no ano anterior, podem ter contribuído para os atuais problemas de inadimplência. O crescimento do crédito não tem sido acompanhado pela necessária evolução das informações positivas. Com a aprovação do Cadastro Positivo, essas informações poderão ser consideradas e contribuirão para evitar a continuidade do crescimento da inadimplência.
Metodologia
O Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física, por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras e cartões de crédito e financeiras. O Indicador Serasa de Inadimplência é divulgado mensalmente pela Serasa, desde 2002. A Serasa, uma empresa do grupo Experian, é a maior empresa do Brasil em pesquisas, informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios e referência mundial no segmento. Participa ativamente no respaldo às decisões de crédito e de negócios tomadas em todo o Brasil, facilitando aproximadamente 4 milhões de negócios por dia, para mais de 400 mil clientes diretos ou indiretos.



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