Um estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas Projetos, a pedido do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), mostrou que o Brasil necessitará de 27,7 milhões de novas moradias até 2020 para atender o crescimento das famílias, zerar o atual déficit habitacional e acabar com cortiços e favelas. A pesquisa incorporou o ano de 2007. Segundo a pesquisa, o País terá 21,1 milhões de famílias a mais em 2020 - em 2006, segundo a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, havia 59,1 milhões de famílias. A pesquisa também prevê a eliminação das 2,431 milhões de moradias habitadas por duas ou mais famílias (coabitação) e das 3,548 milhões de moradias inadequadas, como as favelas e cortiços. Desse total, 27,7 milhões de moradias, entre 70% e 75% são famílias com renda familiar de até dez salários mínimos, faixa de renda mais carente de habitação e que mais cresce. Para solucionar o problema do déficit habitacional, que estaria hoje, segundo a FGV Projetos, em 7,964 milhões de moradias, o SindusCon-SP estima que pelo menos 40% dos recursos necessários terão de ter subsídio ou algum tipo de apoio do governo. Com isso, R$ 110 bilhões viriam dos cofres públicos. "O horizonte de 2020 é factível. Se o governo não quiser investir tanto, pode pelo menos indicar uma meta e gerar uma política firme que dê à iniciativa privada um ambiente favorável de investimentos nesse segmento", afirmou o presidente do Sinduscon-SP, João Claudio Robusti. Entre 2005 e 2006, cerca de 1,6 milhão de moradias foram construídas no País. Nos cálculos da FGV Projetos, esse número teria de subir para 2 milhões de unidades por ano.
Agência Estado
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